COMUNICAÇÃO

DPE/BA capacita Fundação Cidade Mãe sobre atendimento às pessoas trans

10/09/2019 20:00 | Por Pollyana Moraes - Estagiária, sob supervisão de Tunísia Cores DRT 5496/BA

A parceria das duas instituições objetiva melhorias no atendimento da equipe da fundação às pessoas LGBT

As nomenclaturas utilizadas pelo senso comum para se referir às pessoas transsexuais foi um dos temas  discutidos na palestra  na Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia – ESDEP.  A capacitação teve como público-alvo assistentes sociais, pedagogos e psicólogos da Fundação Cidade Mãe – FCM, nesta terça-feira, 10.

O palestrante  foi Ailton Santos, coordenador do Ambulatório para Travestis e Transsexuais do Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa – CEDAP.

Nessa parceria, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, por meio da Especializada de Direitos Humanos, e a FCM visaram a capacitação da equipe da fundação para atendimento de pessoas LGBT. Segundo a gerente de unidades de atendimentos institucionais para crianças e adolescentes da FCM, Suzana Esteves, o público é atendido frequentemente pela instituição.

“Recebemos, principalmente, adolescentes transexuais e procuramos atendê-los da melhor forma possível, mas a capacitação é importante para entendermos de quais formas devemos nos portar ao recebermos esse público específico”, destacou a gerente. Além disso, Suzana ressaltou a importância da iniciativa da DPE/BA, que surgiu por meio de visitas à FCM, no Engenho Velho de Brotas. 

As defensoras públicas e coordenadoras da Especializada de Direitos Humanos, Eva Rodrigues e Lívia Almeida, presentes no evento, afirmaram que o papel da DPE/BA é promover a diversidade e os direitos humanos. “É importante que as pessoas que lidam com essas crianças e adolescentes, que estão na fase inicial de formação, não reproduzam estereótipos, preconceitos e discriminações”, apontou Lívia.

A defensora ainda comentou a importância de abordar a identidade de gênero especificamente com a equipe assistencial da fundação, que lida diretamente com o público trans. “Nós procuramos a direção de uma dessas unidades, pois os profissionais aprendem sozinhos, ‘na marra’, sem ter a capacitação direta em relação a identidade de gênero. Por isso marcamos esse evento. Nessa palestra, foi explicado o que é a identidade de gênero de forma didática”, finalizou Lívia Almeida.