COMUNICAÇÃO
DPE/BA e DPU vão até Pedro Alexandre e Coronel João Sá identificar demandas dos moradores afetados pela inundação
Ação visou estudar estratégias de atuação para garantir direitos das pessoas afetadas pelos rompimentos de barragens na região norte da Bahia
A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, juntamente com a Defensoria Pública da União – DPU/BA, foram até as cidades de Pedro Alexandre e Coronel João Sá onde centenas de famílias estão desalojadas por causa do rompimento das barragens (Quati, Serra Verde e Roco Gibão), que continham as águas do Rio do Peixe.
Os defensores estaduais Natalie Navarro e Sócrates Costa, que atuam em Paulo Afonso, e o defensor federal regional de Direitos Humanos na Bahia e Sergipe, Vladimir Correia, visitaram escolas que estão servindo de abrigo a fim de avaliar a situação dos moradores, ficar a par dos prejuízos causados pela inundação e garantir assistência jurídica.
A visita aconteceu na sexta-feira, 12, à noite, um dia após a invasão das águas às duas cidades, na quinta-feira, 11. A medida foi solicitada pela gestão da Defensoria da Bahia para avaliar estratégias de atuação para a garantia dos direitos das pessoas nas duas cidades. Na ocasião, a diligência defensorial também conversou com o prefeito, Carlos Sobral, sobre as medidas tomadas para prover aqueles afetados pela calamidade.
Segundo a defensora pública Natalie Navarro, há aproximadamente 2080 desalojados, 320 desabrigados e 14400 pessoas afetadas e as pessoas que se encontram desabrigadas estão alocadas em quatro escolas e um ginásio. A defesa civil está levantando a quantidade de casas destruídas.
“A prefeitura nos informou que está cadastrando as famílias afetadas. As famílias abrigadas em escolas estão recebendo alimentação, colchão e roupa, maior parte oriunda de doações. O Prefeito informou que está em diálogo com o governo do Estado e que este enviou maquinários, bombeiros e prometeu suprimentos”, comentou a defensora pública.
Os defensores conversaram com os desabrigados que, embora estejam recebendo assistência de abrigo e alimentos, perderam todos os móveis da casa. Outros tiveram as casas arruinadas, impossibilitando o retorno.
“Todos com quem conversamos conseguiram salvar a documentação. Prestamos orientações com relação ao bolsa-família, ao cadastramento pela Prefeitura, ao direito de assistência e moradia, dentre outros. Informamos que acompanharemos as ações governamentais pós-desastre, principalmente quanto ao reabrigamento dessas famílias”, informou Natalie.
Segundo a defensora pública, a maior demanda identificada é em relação à realocação dos afetados, a fim de garantir o direito à moradia, bem como a indenização pelas perdas materiais sofridas, já que muitos somente conseguiram salvar a roupa do corpo e documentos.