Uma marcha de mulheres, em comemoração ao Dia da Mulher, celebrado na sexta-feira, 8 de março, reuniu em Salvador organizações de mulheres, coletivos feministas e entidades dentre elas, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA. O tema da marcha, que saiu da Praça da Sé, no Pelourinho, com destino ao Campo Grande, foi “Mulheres vivas, fortes e resistentes!”.

Com faixas e cartazes com mensagens com pedidos de respeito, de igualdade e contra a violência, o machismo, o racismo e a LGBTQIfobia, a iniciativa promovida pelo projeto 8 M, reuniu cerca de 55 grupos que apoiam a ideia. Em pelo menos 45 cidades brasileiras, incluindo 17 capitais, protestos marcaram o Dia Internacional da Mulher. A vereadora Marielle Franco, cujo assassinato completa um ano sem solução no dia 14, também foi homenageada.

“Muito mais que um dia para ser comemorado, o dia é de reflexão. Muito me entristece saber que em 2019 ainda nos deparamos no nosso cotidiano com situações de extrema desigualdade, as quais são naturalizadas na nossa sociedade. Muitas mulheres de luta nos antecederam e, graças a elas, temos garantidos direitos básicos, como o voto e a própria autodeterminação, já que precisávamos de autorização do homem em muitas situações”, afirmou a coordenadora da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos da DPE/BA, Lívia Almeida.

Ainda na opinião da defensora pública Lívia Almeida, a atual geração precisa lutar muito para, além de garantir a manutenção do que já foi conquistado, avançar em direitos e em desnaturalizar o machismo que é estruturante da sociedade. A defensora pública Amabel Mota e a ouvidora-geral, Vilma Reis, também participaram da ação.