COMUNICAÇÃO

Economia solidária é discutida no Grupo de Estudos Pop Rua da Defensoria

03/06/2016 15:22 | Por Luciana Costa - DRT 4091/BA (Texto e fotos)
O segundo encontro do GE Pop Rua aconteceu nesta quinta-feira,2

Um jeito diferente de produzir, vender, comprar e trocar o que é preciso para viver, a Economia Solidária, praticada por milhões de trabalhadores, incluindo a população mais excluída e vulnerável, foi tema de discussão do Grupo de Estudos Pop Rua da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, nesta quinta-feira, 2, no auditório do Centro de Estudos e Terapia de Abuso de Drogas – CETAD.

Com a presença de uma plateia diversificada foi apresentado o funcionamento do Banco Comunitário Abrantes Solidário, que é fruto de uma articulação da Incubadora Tecnológica de Economia Solidária – ITES com o envolvimento do Fórum Sustentável da Costa dos Coqueiros. O público foi formado por estudantes de serviço social, psicologia e direito, enfermeiros, orientadores educacionais, representantes do Movimento Nacional de População de Rua – MNPR e da sociedade civil

De acordo com o integrante do Fórum Sustentável da Costa dos Coqueiros e do Comitê Gestor do Banco, José Marques, o Fórum foi fundado em 2006 e agrega 129 entidades representativas da Costa dos Coqueiros, cuja estruturação se deu pelo processo de estímulo à autonomia e a participação solidária na consecução dos problemas da comunidade.

“É uma satisfação enorme e estou muito grata em participar desse momento de apresentação do Banco Solidário. O mais importante disso tudo é ter a chance de motivar uma população que se encontra em situação de vulnerabilidade”, disse a assistente social e mestre em Desenvolvimento e Gestão da Universidade Federal da Bahia, Juçara dos Santos.

O assistente social do Movimento de População de Rua, Verinilson Lima, ressaltou que nenhuma pessoa que se encontra em situação de rua vive em tais condições por vontade própria. Portanto, para ele, possibilidades como a Economia Solidária, que propiciam a sobrevivência e a melhora da qualidade de vida, são experiências válidas de serem compartilhadas.

A defensora pública e coordenadora da Equipe Pop Rua, Fabiana Miranda, corroborou de tal opinião e disse estar extremamente satisfeita com o debate realizado e que este pode ser um caminho efetivo para a saída da situação de rua. O Grupo Pop Rua integra a Especializada de Proteção aos Direitos Humanos da DPE/BA. “A Defensoria Pública é um espaço que valorizo muito, pois nos dá a chance de lutar pela garantia dos nossos direitos”, disse o representante do MNPR, Eladio Barbosa.

GRUPO CULTURAL BAGUNÇAÇO

No encerramento das atividades, o GE Pop Rua ainda contou com a apresentação do Grupo Cultural Bagunçaço. O projeto social iniciou sua trajetória nos Alagados em 1991 e é a porta de entrada para a cultura de crianças e adolescentes. As ações vão além das atividades desenvolvidas na unidade central e abrange organizações comunitárias e inúmeras escolas do entorno. O princípio básico das ações desenvolvidas pelo Grupo Cultural Bagunçaço é retirar crianças das ruas através da arte e educação. “O importante é ocupar espaços, conhecer pessoas diferentes que façam com que esses jovens aprendam a respeitar as diferenças”, destacou o coordenador sociopedagógico do Grupo, Márcio Lima.

POP RUA

O atendimento da Equipe Pop Rua acontece na Rua Pedro Lessa, 123.
Segundas, terças e quintas-feiras, das 9h às 12h e 13h30 às 16h30.
Tel: 71 – 3338-2239