COMUNICAÇÃO
Em clima de acolhimento, 3° Mamaço destaca importância de tempo para que mulheres e mães cuidem de si mesmas
Com troca de experiências e saberes entre defensoras públicas e convidadas, evento ocorreu na manhã desta terça-feira, 9.
A 3a edição do Mamaço Virtual da Defensoria Pública do Estado da Bahia foi marcada por um clima de acolhimento e troca de experiências e saberes entre defensoras públicas e convidadas. O evento, que ocorreu na manhã desta terça-feira, 9, tratou da necessidade do autocuidado das mulheres consigo como meio de preservação da saúde mental e física das mesmas.
O encontro, realizado por meio de ferramenta de reuniões on-line, contou a mediação da defensora pública e coordenadora da Especializada de Direitos Humanos, Eva Rodrigues, e foi marcado pela ênfase na importância do processo de construção de uma cultura que renuncie ao “peso social” que atribui à maternidade e que faz crer às mulheres que ser mãe é abdicar de suas individualidades.
Convidada debatedora desta edição do Mamaço, a doula e consultora em aleitamento materno Tati Yanco abordou a importância da construção de uma rede de apoio necessária às mulheres mães para que elas possam encontrar tempo para cuidar de si mesmas e de suas demandas interiores.
“As mulheres precisam de momentos para estar sozinhas, para fazer as atividades do seu interesse, para poder respirar mesmo [da sobrecarga das atividades]. E é preciso cada vez mais expandir esta preocupação com o bem-estar das mulheres para todas aquelas mulheres que não têm condição de bancar serviços de cuidados com os filhos e consigo. É preciso pensar, por exemplo, meios que resolvam o conflito das mulheres enquanto mães e trabalhadoras, com meios que integrem melhor os cuidados com as crianças e as atividades profissionais desta mulher”, pontuou Tati Yanco.
A defensora pública e também coordenadora da Especializada de Direitos Humanos, Lívia Almeida, apontou que o Mamaço teve início para ressaltar a iniciativa da Defensoria em garantir às lactantes a permanência em trabalho remoto durante toda a pandemia.
“A partir daí, sentimos a necessidade de ter um espaço de troca e acolhimento para mulheres, pois certamente, somos as mais afetadas pela pandemia em inúmeros aspectos. O evento veio para ficar. Nesse mês da mulher, nada mais importante do que essa troca, essa compreensão mútua. Não há espaço para julgamentos ou cobranças. Desenvolvemos empatia e sororidade nesse projeto. Cada uma empodera e fortalece a outra”, afirmou Lívia Almeida.
Ainda sem data definida, a 4a edição do Mamaço já tem tema estabelecido e abordará cuidados com a saúde feminina.