A Defensoria Pública realizou mutirão de atendimento para os custodiados de Guanambi, município a 796 quilômetros de Salvador. A ação aconteceu nos dias 20 de setembro e 8 novembro na cadeia pública da cidade. Foram realizados cerca de 90 atendimentos nos dois dias de atividade que garantiram atendimento médico e a soltura de alguns custodiados.

No primeiro dia de atividade, a equipe da Defensoria - formada pela defensora pública Daiane Francine e pelos estagiários Victor Rocha e Laís Daniela Campos - atendeu pelo menos 50 custodiados. "O objetivo era conhecer melhor a prioridade de cada caso e as especificidades locais, para prestar assistência jurídica com maior qualidade", conta a defensora.

Os detidos já atendidos pela Instituição foram informados da existência de medida de soltura em tramitação e do andamento da mesma. Foram feitos atendimentos iniciais para aqueles que haviam sido presos durante o período em que a comarca ficou sem defensor na área crime. Também no primeiro dia do mutirão a Defensoria solicitou que o delegado autorizasse a saída de alguns custodiados para atendimento médico e fez pedidos de relaxamento de prisão por excesso do prazo na formação da culpa ao juiz da comarca.

"Analisando os processos daqueles que já eram atendidos pela Instituição, verifiquei que algumas medidas solicitadas pela defensora Lorena Barreto, que me antecedeu, já haviam sido deferidas, mas não cumpridas. Tivemos casos de Alvarás de Solturas expedidos para assistidos que continuavam presos", conta a defensora. Em outros casos, foi preciso cobrar do juiz decisão quanto a pedidos já realizados.

O mutirão ocorrido no último dia 8 atendeu cerca de 40 custodiados. Na ocasião, foram feitos atendimentos iniciais, os assistidos atualizaram a defensora quanto à liberação para as consultas médicas solicitadas no primeiro mutirão e esta os informou sobre as medidas de soltura protocoladas e do andamento das mesmas.