COMUNICAÇÃO

Enfrentamento à violência de gênero é debatido pela Defensoria Pública em seminário

18/12/2018 17:23 | Por Luciana Costa com informações da CMS

Na programação, debates e intervenções culturais deram voz a mulheres em situação de violência

A Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher realizou nesta terça-feira, 18, o seminário “Unidade, Ampliação, Fortalecimento e Resistência das Redes de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres”, no Centro de Cultura da Câmara Municipal. As instituições e organizações que compõem a rede, entre elas a Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública da Bahia, planejam ações conjuntas para fortalecer, em 2019, o controle social das políticas para as mulheres na Bahia e ampliar a participação de grupos de bairros e de outros municípios na defesa da qualidade dos serviços e de orçamento público para programas de combate à violência de gênero.

De acordo com a ouvidora-geral da Defensoria, Vilma Reis, a situação no Nordeste é uma das piores. Na Bahia, o Baixo Sul concentra o maior número de casos. “Desde 2006, quando o Brasil foi obrigado a implantar a Lei Maria da Penha, a gente luta por uma lei de proteção e prevenção. Não nos interessa o punitivismo, queremos uma Justiça restaurativa”, destacou Vilma. “A gente pensa sempre em mecanismos de prevenção. Se você tem um ambiente que não dá força a questões sexistas e racistas, você desfaz a violência, pois fortalece as mulheres”, completou.

A ouvidora destacou, ainda, que a rede de proteção precisa de reforço. “A lei diz que a cada 50 mil habitantes deve haver uma Delegacia da Mulher. Em Salvador, temos 3 milhões de habitantes e duas delegacias especializadas. Na Bahia, são 15 no total. Além disso, potencializar as ações de serviços como Nudem na DPE/BA é muito importante”, disse.

Na programação, debates e intervenções culturais deram voz a mulheres em situação de violência que utilizam a rede de serviços públicos e militantes de movimentos como Coletivo de Mulheres do Calafate, Ginga Grupo de Mulheres do Subúrbio, Movimento de População de Rua, Papo de Mulher, Projeto Força Feminina, Associação das Profissionais do Sexo da Bahia, Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas, Centro de Promoção e Defesa dos Direitos LGBT da Bahia, Marcha Mundial de Mulheres e Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.