COMUNICAÇÃO
Escola Superior promove palestra para servidores que trabalharam na tragédia de Mar Grande
A palestra foi sobre O Cuidador Ferido – Inteireza, Força e Compaixão
A Escola Superior da Defensoria Pública – Esdep promoveu a palestra: O Cuidador Ferido – Inteireza, Força e Compaixão, ministrada pela psicóloga e psicoterapeuta Flávia Nunes. A explanação que durou das 17h às 19h, teve iniciativa da Esdep em conjunto com a Coordenação Regional e com apoio da Corregedoria.
O objetivo principal da palestra foi abordar os aspectos relacionados aos traumas resultantes de acidentes, como por exemplo, os que foram mencionados por equipes que estiveram no atendimento às vitimas e familiares na tragédia de Mar Grande.
Neide Soares, que atua na Casa de Assistência Judiciária – CAJ I, contou como foi interessante este momento de aprendizado em relação ao naufrágio em Mar Grande: “fiquei bastante comovida e sempre que me lembro do acidente eu me emociono. O bate papo da psicoterapeuta e psicóloga foi importante demais. O caso que mais me chamou atenção foi o de Tiago, nadador profissional e surfista, que não conseguiu se salvar e teve traumatismo craniano. Conversei com a mãe dele, dona Antônia e achei trágico ele não ter conseguido se salvar e morrer em um meio que ele sempre trabalhou e dedicou a vida”.
Quem também participou da palestra foi Fernanda Lopes, agente administrativo da Defensoria Pública da Bahia e relatou um pouco de como a palestra acrescentou, “achei bem interessante a palestra, porque fez a gente refletir e tomar consciência de como podemos melhorar o atendimento para o assistido, entendendo a dor de quem vive em uma tragédia como a de Mar Grande”.
A palestrante ressaltou como é sensível e tênue o papel do defensor nestas situações de tragédia, e como é importante ter preparo emocional para saber lidar com suas emoções. “A palestra foi importante para mim, porque me senti dando minha parcela de contribuição para aliviar, pelo menos um pouco, os efeitos dessa tragédia. Penso que os servidores da Defensoria tem um trabalho direto de atendimento ao ser humano, sem que haja um preparo específico para esta tarefa”, considerou a psicóloga.
“Não é fácil escutar, diariamente, pessoas em sofrimento, sendo que, como humano, também somos passíveis das mesmas dores. Além de ter proporcionado aos servidores um breve encontro com o seu mundo interior, espero que esse momento tenha servido para suscitar a referida reflexão sobre a importância da preparação específica para o contato direto com outros seres humanos em sofrimento”, finalizou Flávia Nunes.
Flávia Nunes além de psicóloga, psicoterapeuta integral é mestre em desenvolvimento humano e responsabilidade social, além de sócia-diretora da Humanize Espaço Integral. A palestra teve como público-alvo os defensores e servidores, que atuaram no atendimento em Mar Grande durante o período de 26 a 30 de agosto de 2017.