Foi encerrada na tarde dessa terça-feira, 14, a etapa oral do Concurso Público para ingresso na carreira da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA. Ao total, durante os quatro dias de prova, 189 candidatos foram arguidos pela Banca Examinadora do certame na Escola Superior da Defensoria baiana. Três candidatos se ausentaram nessa fase, que é a penúltima etapa do concurso. A última é a prova de títulos e o resultado final do concurso está previsto para ser divulgado até o dia 19 de abril.

De acordo com a banca organizadora Fundação Carlos Chagas, todos os dias da etapa oral ocorreram tranquilamente e representantes da comissão organizadora do VII Concurso, formada por defensores públicos, acompanharam cada turno das arguições. Candidato a uma das 17 vagas para a carreira na Bahia, o advogado Tiago Brito Carvalho, de 26 anos, veio de Aracaju (SE), para mais uma etapa. "Não é só uma prova que busca trazer mais conhecimento jurídico. É realmente um concurso que teve o objetivo de selecionar pessoas bastante vocacionadas, que nasceram para ser defensores, desde a primeira fase até a fase oral", opinou.

Já o que chamou atenção da candidata Tamires Cardoso, de 26 anos, para tentar uma vaga na Defensoria baiana foi a atuação "humanitária", como classificou. Ela, que já é servidora na Defensoria Pública do Piauí, afirma que a carreira na instituição é seu grande sonho. "Acredito que o papel da Defensoria Pública, de mudar essa situação de status-quo, de promover o direito das pessoas mais vulneráveis é o que eu quero fazer", disse.

DEFENSOR PÚBLICO NO DIA A DIA

De acordo com a diretora da Esdep e membro da comissão organizadora do certame, Firmiane Venâncio, as provas orais observaram questões mais práticas, que contemplam questões do dia a dia e extraem dos candidatos conhecimentos requeridos para o perfil profissional que a Defensoria Pública precisa. "Um nível altíssimo dos candidatos. Ficamos muito felizes porque certamente desse grupo vão sair defensores muitos preparados. Nessa perspectiva, a instituição só tem a ganhar com esses novos colegas que vão chegar, sendo selecionados dessa forma", considerou Firmiane ao complementar que o concurso teve "feição de concurso para a Defensoria Pública mesmo".

Integrante da Banca Examinadora da prova oral, o defensor público estadual de São Paulo, César Augusto Luiz Leonardo, avaliou a média dos candidatos à vaga como "excelente" e disse que a tendência são concursos cada vez mais disputados, com a qualidade técnica maior por parte dos concorrentes. "Temos candidatos muito bem preparados, pessoas que estão focadas mesmo no concurso da Defensoria Pública, em todas as matérias que são relevantes para o desenvolvimento da carreira", avaliou César Augusto.

Ao final do dia de provas, representando o defensor público geral, Clériston Cavalcante de Macêdo, que estava cumprindo agenda fora do Estado, Firmiane Venâncio ainda agradeceu aos quatro componentes da banca examinadora, entregando-lhes exemplares de publicações da Defensoria baiana, como o livro do Plano Estratégico 2016-1026 e o livro comemorativo aos 30 anos da instituição baiana. "A tranquilidade que os candidatos demonstraram e toda essa avaliação positiva passa pela conduta de vocês. Estamos muito felizes com o resultado e por vocês terem acolhido a ideia desse concurso com algumas inovações", agradeceu.

A Banca Examinadora da prova oral foi composta por César Augusto Luiz Leonardo – defensor público estadual (SP) e mestre em direito processual pela Universidade de São Paulo – USP ; Flávio Américo Frasseto – defensor público estadual (SP), psicólogo, mestre em Psicologia e professor do Mestrado Profissional Adolescente em Conflito com a Lei; Patrick Lemos Cacicedo – defensor público estadual (SP), mestre em Direito Penal e Criminologia e doutorando em Direito Penal e Criminologia pela USP ; e Tiago Fensterseifer – defensor público estadual (SP). doutor e mestre em Direito Público pela PUC/RS.