COMUNICAÇÃO
Festa cívica: Defensoria marca presença na celebração ao 2 de Julho
A verdadeira independência do Brasil foi na Bahia! Bicentenário da luta baiana celebra os 200 anos com apelo popular e a participação da defensora pública-geral, Firmiane Venâncio, durante toda celebração
O 7 de setembro de 1822 pode até ter se consagrado como a Independência do Brasil, mas foi quase um ano depois do grito de Dom Pedro I, às margens do Ipiranga, que o país se libertou verdadeiramente do domínio português. Em 2 de julho de 1823, uma tropa de voluntários(as), repleta de mulheres, negros(as), indígenas e trabalhadores(as) do campo, se juntou para expulsar o exército colonizador da capital baiana. Neste domingo (2), os baianos celebraram a festa cívica mais rica e emblemática do Brasil. E, se tem manifestação popular, a Defensoria da Bahia não poderia ficar de fora.
A defensora pública-geral, Firmiane Venâncio, marcou presença durante toda a celebração. Na abertura oficial, participou do hasteamento de bandeiras pelas autoridades, execução do Hino Nacional pela Banda de Música da Marinha e colocação de flores no túmulo do General Labatut, no Largo da Lapinha, em Salvador. Também participaram das comemorações a subdefensora-geral, Soraia Ramos, a coordenadora do Núcleo de Atuação Estratégica, Mônica Aragão, e a defensora pública, Ariana de Sousa, que, juntamente à DPG, seguiram o cortejo em direção ao Pelourinho.
Após o primeiro cortejo, Firmiane esteve ao lado de oficiais da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de representantes da Polícia Militar da Bahia, Guarda Municipal, Governo do Estado e Prefeitura de Salvador. A defensora pública-geral ainda acompanhou o caboclo e a cabocla no segundo trajeto do desfile até o Campo Grande, no acendimento do fogo simbólico.
Diversas autoridades prestigiaram a celebração cívica do bicentenário. Entre elas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desfilou em carro aberto, acompanhado da primeira-dama Rosângela Silva (Janja), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues. Compareceram ainda à festa na capital baiana a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a ministra da Cultura, Margareth Menezes e o ministro da Casa Civil, Rui Costa.
Outros políticos, além de militares, representantes da sociedade civil e chefes do sistema de justiça baiano, também estiveram presentes, como o vice-governador, Geraldo Júnior, o presidente da Alba, Adolfo Menezes, o desembargador Lidivaldo Britto, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, a delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, e a procuradora-geral de justiça, Norma Cavalcanti.
O cortejo retomou o trajeto do exército brasileiro ao chegar em Salvador, tomando os fortes e se alojando nas igrejas e quartéis. Na comemoração, no entanto, o mesmo caminho foi marcado por manifestações artístico- culturais, pedagógicas e políticas, com fanfarras, fachadas decoradas e grupos populares ocupando as ruas. Figuras como o caboclo e a cabocla foram lembradas e reverenciadas pela importância que tiveram, apagada pela narrativa elitista, masculina, branca e do centro sul do país de contar a história do Brasil.
Além dos donos da festa na Bahia, as heroínas do Dois de Julho, Joana Angélica, Maria Felipa e Maria Quitéria, também tiveram os seus legados resgatados ao terem seus feitos recontados. A rediscussão da história oficial da independência a partir da ressignificação do protagonismo dessas mulheres é, inclusive, parte de um projeto da DPE/BA de educação em direitos.
Para a Defensoria, o 2 de Julho ainda não acabou. A participação feminina nas lutas que resultaram na expulsão dos portugueses do território baiano será objeto de julgamento do Júri Simulado que acontecerá no auditório da Faculdade de Direito da UFBA, na próxima quinta-feira (06), a partir das 9h (veja mais). O objetivo do evento é possibilitar um debate sobre o cenário atual de participação feminina na política e nos ambientes de tomadas de decisão, sob o enfoque das categorias de gênero e raça.