COMUNICAÇÃO
Gey Espinheira é homenageado em prêmio de comunicação e direitos humanos
A Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos da Bahia lançou ontem, 14, o Prêmio Gey Espinheira de Direitos Humanos e Comunicação. A solenidade, que contou com a presença do Governador Jaques Wagner e da secretária de Justiça, Marilia Muricy, foi em homenagem ao Dia do Jornalista e aos 64 anos do Sindicato dos Jornalistas da Bahia - Sinjorba. Além do Prêmio, também foram lançados um Curso de Extensão e Especialização em Direitos Humanos, Mídia e Comunicação e a publicação Sistema Penal - Atores e Competências, que tem como finalidade explicar aos jornalistas os termos utilizados no meio jurídico, com uma linguagem simples e objetiva. A cartilha será distribuída nas redações jornalísticas.
O Governador Jaques Wagner destacou a importância do Prêmio Gey Espinheira de Direitos Humanos e Comunicação para a promoção da educação sobre direitos humanos. "É preciso estimular a sociedade como um todo e a imprensa é fundamental nesse processo. Além disso, homenagear Gey Espinheira não poderia ser de melhor tom. Gey se dedicou a cultura dos direitos humanos e trabalhou efetivamente por isso", afirmou Wagner. Para a secretária Marília Muricy, a mídia é uma parte importante da realidade social e se faz necessário trocar o antagonismo pela cumplicidade.
O evento contou com a A Defensoria Pública da Bahia participou do evento, representada pelas assessoras de Comunicação, jornalistas Carla Ferreira e Vanda Amorim. A defensora pública Vitória Beltrão também prestigiou a solenidade. A presidente do Sinjorba, Kardelícia Mourão, destacou a importância do prêmio e ressaltou a necessidade de mecanismos que garantam à sociedade notícias de qualidade. A jornalista também apontou a importância da manutenção da exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. João Carlos Torves, da Fenaj, elogiou a iniciativa da Secretaria de Justiça e também aproveitou a ocasião para destacar a necessidade de valorização e respeito ao profissional da imprensa. Para ele, a exigência do diploma, como ocorre desde a regulamentação da profissão, não tira a liberdade de expressão de nenhum cidadão.
O prêmio, que foi publicado no Diário Oficial ontem mesmo, é destinado a estudantes, profissionais e entidades da área de imprensa e comunicação, que tenham colaborado para a divulgação de princípios que valorizem a vida, e uma homenagem à memória do Professor Gey Espinheira. As categorias da premiação são reportagem escrita, reportagem fotográfica, radiojornalismo e telejornalismo. As reportagens devem ter sido veiculadas em qualquer meio de comunicação, no período de 1º de novembro de 2008 a 31 de outubro de 2009. A premiação será constituída por certificações. Ainda não foi definido período para inscrição, que poderão ocorrer, posteriormente, através do site da Secretaria da Justiça (www.sjcdh.ba.gov.br).
O Curso de Extensão e Especialização em Direitos Humanos, Mídia e Comunicação será realizado através de parceria entre o Centro de Educação em Direitos Humanos e Assuntos Penais J.J Calmon de Passos (CEDHAP) e a Universidade Federal da Bahia , com duração de um ano e quatro meses. As aulas deverão acontecer no CEDHAP, localizado no Corredor da Vitória, e a previsão é que a primeira turma seja formada já para o segundo semestre deste ano. Os interessados podem obter mais informações pelo telefone (71) 3117-6911.
Homenagem - O sociólogo Gey Espinheira era graduado em Ciências Sociais (1970), mestre (1975) pela Universidade Federal da Bahia e doutor em sociologia pela Universidade de São Paulo (1997). Também era pesquisador do Centro de Recursos Humanos e professor adjunto da Ufba. Era autor de diversos livros e artigos, sendo o mais recente Os limites do indivíduo: mal-estar na racionalidade, os limites do indivíduo na medicina e na religião". O sociólogo faleceu, em março deste ano, aos 62 anos, com câncer de esôfago.
Durante o lançamento, Marília Muricy aproveitou a oportunidade para explicar a sua saída da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos. "Foi uma decisão muito sofrida, talvez a decisão mais difícil da minha vida, porque a experiência de participar da gestão de Jaques Wagner foi muito gratificante. Tenho razões de ordem pessoal, familiar e também preciso cuidar da minha saúde", declarou.
Para Wagner, Marília Muricy desempenhou um trabalho exemplar durante esses dois anos e três meses de atuação. "Por respeito a ela, acolho com tristeza esse pedido, porque queria que ela continuasse. Mas vamos buscar um nome que possa dar continuidade à Secretária com a mesma competência de Marília", afirma Wagner.
* Com informações da Secretareia de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos