COMUNICAÇÃO
Grupo de Estudos Acolher da DPE/BA discute políticas públicas no combate ao abuso sexual
Na ocasião, foi lançada a cartilha “Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes: não deixe acontecer na sua casa”, elaborada pela Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente
O desmonte das políticas públicas, a crescente perda de direitos garantidos e a crise econômica. O contexto, já fragilizado, preocupa e deve prejudicar ainda mais as políticas de proteção integral das crianças e adolescentes. Para discutir as ações empreendidas na construção e solidificação da rede de apoio a crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual, e as políticas públicas voltadas para o enfrentamento ao problema aconteceu na tarde desta terça-feira, 26, no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia – Esdep, o Encontro Temático do Grupo de Estudos Acolher. Na ocasião, foi lançada a cartilha Abuso Sexual contra Crianças e Adolescentes: não deixe acontecer na sua casa.
“É uma abordagem complexa. Passa por diversos atores da rede de proteção e cada um deles tem que se conscientizar acerca do seu papel ou esse cenário não irá mudar”, disse a defensora pública Ana Virginia Rocha.
Segundo levantamentos realizados por organizações internacionais, como Save the Children e Nações Unidas, o Brasil ocupa uma posição intermediária em termos de violência sexual contra crianças, o que não significa que as crianças brasileiras estejam protegidas. O país só está mais bem posicionado em relação aos países africanos e alguns países asiáticos e latino-americanos pobres.
Dirigente do Projeto Viver, Clariana Mota, apresentou ao público o trabalho executado para acolher vítimas de violência sexual. Criado em 2001, o Viver dispõe de um quadro de médicos, advogados, assistentes sociais e psicólogos para alcançar todos os motivos causadores do abuso sexual, tanto os que antecedem quanto os problemas que o abuso sexual pode deixar na vida das vítimas.
A representante da Secretaria Municipal de Promoção Social e Combate à Pobreza – SEMPS, Lúcia Carvalho, aproveitou a oportunidade para fazer uma reflexão: “Quando falamos de criança e adolescente temos que pensar que serão eles que nos representarão amanhã. Temos que ter cuidado e atenção com o que ela fala. Se prestarmos a devida atenção, veremos que elas passam muitas mensagens inclusive de sofrimento e nós adultos muitas vezes ficamos alheios a isso”.