“Meu sonho era ser doadora. Procurei o Hemoba, mas lá descobriram, após a avaliação do meu sangue, que eu tinha doença de chagas e não poderia doar. Fiquei muito triste! Chegando em casa falei com o meu filho e ele se sensibilizou e realizou o meu sonho: passou a ser um doador”.

Com essas palavras, Maria de Fátima Ribeiro, assistida da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, dá uma lição de compaixão e solidariedade. Ela participou do Projeto Sala de Espera, da Defensoria baiana, que dessa vez aconteceu na sede da instituição em Guanambi, na quinta-feira, 22, e trouxe palestra sobre doação de sangue.

O projeto, que visa promover orientação jurídica e educação em direitos para os assistidos que aguardam atendimento, foi além e trouxe a enfermeira da Fundação de Hematologia e Hemoterapia da Bahia – Hemoba, Wilma Xavier Fernandes, que esclareceu questões como: quem pode e quem não pode doar; o que fazer no dia da doação, o que acontece após o procedimento, de quanto em quanto tempo é permitido doar, entre outras questões.

Na ocasião também houve apelo para que as pessoas ali presentes doassem ao Hemoba de Guanambi, ou incentivassem o ato, devido às dificuldades que o órgão tem enfrentado, em função da redução acentuada no número de doadores e o aumento significativo das demandas nos últimos meses. De acordo com Wilma Fernandes, há muitas pessoas dependendo da solidariedade de outras, devido aos acidentes e internações (por doenças variadas) que exigem a transfusão.

“O Hemoba é muito importante para as pessoas que necessitam. Tenho uma amiga que foi vítima de violência doméstica e necessitou receber sangue”, comentou Maria Angélica dos Santos, uma das assistidas na Sala.

A promoção da palestra foi iniciativa da assistente social da DPE/BA na comarca de Guanambi, Cristiane Novato. O Hemoba de Guanambi localiza-se no Hospital Regional de Guanambi, na Rua José Umberto Nunes, Paraíso.  O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 11h:30 e o telefone para contato é (77) 3451-7004.