COMUNICAÇÃO

Homem preso injustamente é absolvido após atendimento da Defensoria Pública

26/03/2009 23:11 | Por
Após um ano e oito meses preso injustamente sob acusação de assassinato Mariston Jesus Boulhosa. conseguiu a liberdade com o apoio da Defensoria Pública. A sua absolvição foi dada pela juíza da Vara do Júri de Senhor do Bonfim, Luiza Elizabeth S. S. Maia, após assistência jurídica do defensor público Hélio Messala Lima Gomes.

De acordo com Messala, não havia indícios que incriminassem o réu. "É uma temeridade que, no Estado democrático de Direito, pessoas sejam colocadas nos bancos dos réus, simplesmente pela acusação de alguém sem elementos de prova que corroborem com o que a testemunha venha a dizer. Isso geraria um caos na sociedade, pois estaríamos todos sujeitos a delegações de má fé sem qualquer outro elemento de prova", defendeu.

Mariston Boulhosa foi acusado pela ex-companheira, Miriam Maria de Souza., de assassinar Maria Pereira da Silva, uma senhora de 80 anos. A idosa foi morta em 2004 e, durante três anos, ninguém foi suspeito do crime. Em 2007, Miriam denunciou o ex-companheiro com a alegação de que a mãe dele havia lhe contado que o rapaz era o assassino. Além desta incriminação, a mulher também o acusou de violência.

Miriam Souza conviveu durante oito meses com Mariston e apresentou-se a ele e a sogra com um nome falso. No julgamento ocorrido na sexta-feira passada, 20, ela mudou a versão e afirmou que teve conhecimento da história do assassinato através da cunhada de Mariston. Entretanto, no tribunal, a cunhada pediu a palavra e desmentiu a denunciante, o que contribuiu para que os jurados acolhessem a tese do defensor público. O uso da perícia realizado por Hélio Messala também ajudou a inocentar o acusado.