Aconteceu na manhã desta quinta-feira, 16, no plenário da Assembleia Legislativa do Estado – ALBA, a Sessão Especial Democracia e Direitos Humanos, que homenageou a ativista social Eliana Rolemberg, com o título de Cidadã Baiana. A outorga foi uma proposta da deputada estadual Neusa Cadore, que definiu a homenageada como um símbolo de resistência na luta pela Democracia e Direitos Humanos.

A subcoordenadora de Proteção aos Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado – DPE/BA, Eva Rodrigues, representou o defensor público geral, Clériston Cavalcante. Em sua opinião, saber um pouco mais da história de vida da homenageada, é reconhecer a sua importância na luta pela democracia e promoção de direitos humanos. "Conheci Eliana Rollemberg durante as discussões sobre o Marco Regulatório das Organizações Da Sociedade Civil, sua história de luta, sem duvida, nos inspira a seguir adiante na defesa dos mais vulneráveis."

Homenageada

Eliana Bellini Rolemberg é socióloga, militante dos Direitos Humanos. Foi presa política durante a ditadura militar entre 1970/71, posteriormente exilada na França até 1979, onde trabalhou na UNESCO, junto à Divisão da Juventude e no Setor de Migrantes e Refugiados do Serviço Civil Internacional-SCI, seção francesa. De volta ao Brasil, se instalou na Bahia, onde desenvolveu diversos trabalhos junto a organizações populares da sociedade civil, incentivando as lutas por transformações políticas, econômicas e sociais. Há 34 anos faz parte da equipe da Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE, instituição que combate a desigualdade atuando na promoção, defesa e garantia de direitos humanos no Brasil.

Eliana Rolemberg falou da importância da homenagem no momento político do país: "O título de cidadã baiana é muito importante para mim, pois desde a Universidade escolhi o Nordeste para viver, e quando tive a oportunidade de conhecer a Bahia, minha ligação foi total! Essa cerimônia foi um momento propício para discutir sobre a situação que estamos enfrentando hoje no Brasil".

Para participar do evento, Rolemberg fez questão de convidar as entidades onde trabalhou na Bahia para fazerem o uso da palavra: Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG, Centro de Estudos e Ação Social – CEAS, Coordenadoria Ecumênica de Serviço – CESE e Comissão Pastoral da Terra – CPT. "Não pretendia receber o título como um ato voltado apenas para minha história, a possibilidade de transformar em um evento político tratando de Democracia e Direitos Humanos correspondeu ao que eu pretendia.", concluiu Eliana Rolemberg.