COMUNICAÇÃO
I ENC.JÚRI VIVO – Os pontos comuns do Direito e da mídia
Os pontos comuns e divergentes entre a mídia e o Direito foram o foco central do painel "A mídia e o Direito - nexo causalidade na imputabilidade", que teve como integrantes da mesa debatora, presidida pela defensora Emília Correa (SE), os jornalistas Jefferson Beltrão, editor chefe do BATV (telejornal da noite da TV Bahia - repassadora local da Globo), Luiza Giffoni (assessora de comunicação da ANADEP, Marconi de Souza (assessor de comunicação da Adep) e Carla Ferreira (assessora de comunicação da DPE/BA).
Beltrão abriu as discussões colocando as práticas corretas da atividade jornalística como a ética e a responsabilidade social, ideais que também competem ao Direito. Evitar a banalização da violência e a escuta dos dois lados foram alguns dos cuidados do jornalismo. Beltrão traçou um paralelo entre as pecualiaridades da atividade de imprensa e a do defensor. Segundo ele, o papel principal do jornalismo em relação ä imprensa é decodificar o Direito para o grande público.
Marconi colocou como grande entrave nesta relação a questão da difamação, que esbarra no papel importante de denunciar da mídia e que para ele, deveria caber exceção da verdade na legislação.
Giffoni destacou em sua fala o papel da assessoria de comunicação como intermediadora. "O assessor deve ser comprometido com a noticiabilidade, na seleção do que deve ser proposta para a imprensa como sugestão de pauta", ressaltou.
Carla Ferreira finalizou as exposições colocando suas esperiências como repórter policial no período em que atuou no Jornal A Tarde. Ela colocou que o jornalista tem um compromisso com a técnica, o que esbarra, muitas vezes, no Direito. "É possível fazer jornalismo policial sem ferir os Direitos Humanos e seguir os critérios jornalísticos".