COMUNICAÇÃO
ILHÉUS – DPE comemora Novembro Negro levando arte e saber para jovens da Casa Lar Feminina
Dança, música, poesia, valorização da cultura afrodescendente e aprendizado sobre racismo e feminismo negro fizeram parte das atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra
Como parte das programações do Novembro Negro, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, através do da Regional em Ilhéus, promoveu um evento em comemoração ao dia da consciência negra com a presença de adolescentes acolhidas na Casa Lar Feminina do Município.
Em uma tarde recheada de apresentações culturais peculiares à cultura afrodescendente, sete adolescentes supervisionadas por profissionais da Casa Lar Feminina tiveram a oportunidade de aprender e debater sobre feminismo negro, machismo e racismo. Participaram também de uma oficina de dança ministrada pela defensora pública da infância na comarca de Ilhéus, Júlia Almeida Baranski.
“A intenção do evento foi discutir questões como machismo, feminismo e racismo dentro de um ambiente descontraído e lúdico, promovendo, ao mesmo tempo, lazer, empoderamento e conscientização para as adolescentes acolhidas de Ilhéus”, declarou a defensora pública.
O evento, que aconteceu na última sexta-feira (23), contou com a participação do Coletivo X 073, através do Projeto #TMJ, que reúne três poetisas e MC’s (Tai, Má e Joe) e uma DJ (Shai) em apresentações que intercalam música e poesia. “Nossa arte aborda a realidade vivida por mulheres pretas, numa sociedade em que racismo e machismo nos vitimam, falar sobre isso é garantir primeiro que as mulheres saibam que não são culpadas pela violência que sofrem e que não estão sozinhas. Foi essa a sensação que tivemos durante o evento, de troca, auto cuidado e fortalecimento!”, declarou Karen Oliveira, uma das integrantes do projeto.
A promotora de justiça Maria Amélia Sampaio Góes, da vara da Infância e Juventude de Ilhéus, que também participou do evento, destacou que a atividade com as adolescentes acolhidas de Ilhéus foi muito interessante: “A integração das meninas com grupos culturais da cidade é realmente enriquecedora para suas formações, além de fornecer lazer com qualidade”, falou.
“Foi muito legal, eu gostei, espero que aconteça mais vezes. Aprendemos sobre o que é a consciência negra, tiramos várias dúvidas , fizemos uma roda de conversa só com mulheres – psicólogas, assistente social e as meninas da Casa Lar –, dançamos , cantamos e fizemos hip hop”, declarou a adolescente Thailane, de 16 anos, comentando a sua participação e impressão do evento.
Também participaram a psicóloga do Núcleo de Apoio Psicossocial da DPE Regional de Ilhéus, Marisa Batista; a representante do grupo operativo da Defensoria, Indiara Rosa Santos Angeli; além de servidores e estagiários da Defensoria.