COMUNICAÇÃO
Intervenção da Defensoria salva vida de criança
Graças a intervenção da Defensoria Pública da Bahia, Vítor Silva Santos - uma criança de apenas 3 anos e 6 meses - está vivo. Ele estava internado desde o dia 10 de dezembro 2007, na UTI cardiológica do Hospital Santa Izabel, com miocardite viral (inflamação no coração). A falta do medicamento "imunoglobulina humana" quase o levou à morte, pois encontrava-se com baixa imunidade e já tinha sido vítima de acidente vascular cerebral (avc) e convulsão. Já medicado, passa bem.
Não só a ausência do medicamento, mas também o descaso com que os médicos trataram Vítor, motivaram seu pai, o comerciário Sílvio Oliveira Santos, a procurar a Defensoria Pública no dia 28 do mesmo mês na tentativa de solucionar o problema. Segundo Sílvio, apesar de o hospital ter o medicamento em estoque, funcionários mandaram-no buscar o remédio, cuja ampola custa cerca de R$ 4 mil, na rede pública de saúde ou na Justiça. Foi o que fez então.
A defensora pública Walmary Pimentel, que estava de plantão na Casa de Acesso à Justiça no dia 28, procurou apoio junto à Secretaria de Saúde do Estado e foi informada que todo hospital que recebe paciente através do SUS é responsável pelo fornecimento da medicação necessária. Pimentel encaminhou ofício à direção do Santa Izabel, buscando esclarecimentos e justificativas para o não fornecimento da "imunoglobulina humana". Na condição de defensora, informou que, caso a criança não fosse medicada, a Defensoria entraria com uma ação na Justiça. Após reunião da diretoria, segundo Pimentel, o menino Vítor passou a receber o medicamento.
Segundo o pai do garoto, ele teve dúvidas se procuraria ou não a Defensoria, principalmente porque teve contato com alguns advogados que argumentaram a dificuldade por conta do recesso do Judiciário. Mas garante que valeu a pena: "Só de ver meu filho sorrindo...". A defensora Walmary Pimentel lamenta que, infelizmente a maioria das pessoas de menor poder aquisitivo não conhece os seus direitos e pode até perder a vida por falta de assistência médica. O primeiro atendimento da Defensoria Pública é realizado na Casa de Acesso à Justiça, localizada no Jardim Bahiano.