COMUNICAÇÃO

IPIRÁ – Ação Reflexiva da DPE/BA traça formas de conscientização para supostos agressores de violência doméstica e familiar

31/05/2019 16:57 | Por Leilane Teixeira (Estagiária) com supervisão de Lucas Fernandes DRT/BA 4922

A primeira Ação Reflexiva para homens ocorreu na manhã de ontem, 30, e propiciou um momento de interação entre a Defensoria Pública e seus assistidos

“Tudo começa pelo diálogo, educação e pelo respeito”. Essas foram algumas palavras da defensora pública Ana Jamile Costa, que resumiram a primeira Ação Reflexiva para Homens, projeto desenvolvido pela unidade da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA na comarca de Ipirá. O evento aconteceu nesta quinta, 30, com a presença da rede de proteção à mulher de Feira de Santana.

O projeto foi pensado para convidar os supostos autores de violência doméstica para participarem de dinâmicas e encontros, em que são desempenhadas orientações em vista de evitar uma possível reincidência.

O defensor Público Adriano Pereira, atuante na comarca de Ipirá, revelou não existir nenhuma intervenção ou ação na cidade que tivesse foco nos seus agressores, principalmente no que se refere a homens em contextos de violência doméstica e familiar. “Tomando por base essa necessidade, o projeto propõe uma ação voltada a essa problemática e, consequentemente, a este público masculino. Acreditamos que com conversas e atenção podemos conscientizá-los do erro cometido”, comentou o defensor público.

A ação busca, ainda, atender não somente aquele que responde a processo penal ou medida protetiva, mas também os que são requeridos em ações de alimentos, divórcio e outras situações. “O grupo reflexivo é de uma importância vital, pois oferece a possibilidade de eles conhecerem melhor a Lei Maria da Penha e medidas protetivas de urgência para não infringi-las. Nas famílias com violência todo mundo perde. Quando homens e mulheres mantem uma relação de respeito o benefício é mútuo”, relatou a assistente social Camila Souza, que também esteve presente na oportunidade.

A atividade, que se repetirá a cada dois meses, contou com o apoio da coordenadora regional e defensora pública, Liliane Miranda do Amaral, além de outras instituições envolvidas. O Sargento da Polícia Militar da Bahia Florisvaldo dos Santos acredita que este trabalho “é um caminho possível para desconstruir a cultura do machismo”.