COMUNICAÇÃO

Jacobina – Dia da Mulher é comemorado com palestra e conscientização

10/03/2016 19:39 | Por CAMILA MOREIRA DRT 3776/BA

Atividade foi promovida pelo Grupo Operativo da Defensoria Pública do Estado da Bahia, em parceria com o Movimento de Mulheres de Jacobina

O 8 de março foi celebrado de forma diferente em Jacobina, no Norte do Estado. No lugar da comemoração com flores, a data foi celebrada com palestras sobre conquistas obtidas e desafios que perduram até hoje no universo feminino. "Acho que hoje nós ainda precisamos disso como um marco para nosso amadurecimento, para reflexão. Houve avanços em vários setores, mas as mulheres ainda não têm acesso a todos os direitos que devem ter", destacou a defensora pública Diana Suedde, que participou da atividade promovida pelo Grupo Operativo da Ouvidoria da Defensoria Pública da Bahia – DPE/BA juntamente com o Movimento de Mulheres de Jacobina, entre outras entidades da sociedade civil.

Para Suedde, a data não foi criada apenas com o objetivo de comemorar. Ao contrário. Na maioria dos países, realizam-se conferências, debates e reuniões cujo objetivo é discutir o papel da mulher na sociedade atual e suas principais problemáticas. "O esforço é para tentar diminuir e, quem sabe um dia terminar, com o preconceito e a desvalorização da mulher. Mesmo com todos os avanços, elas ainda sofrem em muitos locais com salários baixos, violência masculina, jornada excessiva de trabalho e desvantagens na carreira profissional. Muito foi conquistado, mas muito ainda há para ser modificado nesta história", pontuou a defensora pública.

Ouvidora-geral da Defensoria Pública, Vilma Reis afirmou ser o machismo um grande problema da sociedade, durante a comemoração da data em Salvador. "Minoria nós não somos. Estamos numa sociedade em que somos 82% dela. Estamos numa sociedade anti-mulher. Nós somos toleradas. Muitos que tentam a carreira jurídica, por exemplo, onde o Poder é macho, branco e de preferência publicamente heterossexual. É importante conversar sobre essas coisas,para não perpetuarmos isso".

Ao integrar atividades promovidas pela sociedade, a Defensoria baiana reafirma o trabalho extrajudicial que também desenvolve. "Nosso lugar é ao lado do povo, dos movimentos sociais, nas ruas. É muito importante que a população saiba que estamos ao lado deles", defendeu a defensora pública Diana Suedde.​