COMUNICAÇÃO

JAGUAQUARA – Unidade Móvel da Defensoria visita a cidade e atende 110 pessoas neste primeiro dia

12/11/2018 18:40 | Por Ingrid Carmo DRT/BA 2499

Atendimento segue até amanhã, 13, e está sendo realizado na Avenida 2 de julho, das 8 às 12h e das 13h30 às 16h

Das 20 cidades que fazem parte do Vale do Jiquiriçá, mais uma entrou para a conta da Unidade Móvel de Atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA. Nesta segunda-feira, 12, os moradores de Jaguaquara, que é considerada a maior cidade da região, puderam aproveitar a Defensoria perto de casa. Neste primeiro dia da visita, que segue até amanhã, foram atendidas 110 pessoas.

Foi, justamente, a notícia da visita da Defensoria que encorajou a dona de casa Niuzeli Souza, 41 anos, a retificar a data de nascimento em todos os seus documentos. “Passei a vida inteira achando que nasci no dia 8 de julho e sempre considerei que meu aniversário era nesta data. Para minha surpresa, tem quinze dias que descobri que nasci, na verdade, no dia 28 de julho. Agora, é corrigir todos os documentos e me acostumar com essa nova data. Como é que pode o ser humano ter duas datas de nascimento diferentes?”, perguntou a dona de casa, logo no início do atendimento.

“Que bom que vocês vieram”

Foi também a visita da Defensoria que incentivou o lavrador José Roberto Santos, 40 anos, a reconhecer, espontaneamente, a paternidade dos filhos de 7 e 8 anos, sem nem precisar de exame de DNA. “Trabalho fora da cidade desde que eles nasceram e não tinha como vim para Jaguaquara para registrar os dois, mas agora voltei a morar na cidade e, para nossa sorte, a Defensoria chegou aqui hoje e eu vou resolver isso. Não tenho dúvida que sou o pai e, como eles estão crescendo, precisam do meu nome na certidão”, garantiu o lavrador.

Enquanto o lavrador reconheceu a paternidade sem precisar de exame, o mototaxista Agnaldo Maia, 47, preferiu fazer o exame com a suposta filha, que nasceu há quatro dias e não tem nome e nem registro ainda. “Achei que só podia registrar com o nome do pai, mas, aqui, além de fazer o exame, fui orientada a registrar minha filha logo em meu nome, pois ela não pode ficar sem registro. Nem o nome dela eu escolhi ainda. Que bom que vocês vieram”, agradeceu a mãe da bebê, a doméstica Naiara Jesus, 29 anos, enquanto realizava a coleta do material genético.

Assim como o trabalho da Unidade Móvel de levar os serviços da Defensoria para mais perto daqueles que precisam foi elogiado pelos moradores de Jaguaquara, foi motivo de elogio também das defensoras públicas que atuam na unidade da Defensoria em Jequié, que fica a 53 quilômetros de distância, e que participaram, pela primeira vez, de uma itinerância com a Unidade Móvel.

“Eu, por exemplo, já estou há cinco anos da Defensoria e, hoje, vi o quanto é interessante este atendimento da Unidade Móvel, que traz todos os serviços que oferecemos na sede fixa para mais perto do cidadão que precisa da Defensoria, mas que ainda não contam com defensores públicos em sua cidade. Que este trabalho seja ampliado, cada vez mais, e que chegue a outras cidades”, destacou a defensora pública Itanna Pelegrini, que atuou ao lado das também defensoras públicas de Jequié, Hannah Freitas, Paula Lincon e Yana Melo, do coordenador da Unidade Móvel, Marcus Vinícius Lopes de Almeida, e dos servidores de Salvador.

Amanhã continua

Amanhã, dia 13, a Unidade Móvel continua em Jaguaquara e atenderá aos moradores no mesmo horário e local: das 8 às 12h e das 13h30 às 16h, na Avenida 2 de Julho, próximo à Igreja Matriz.