Instrumento do regime democrático de direitos, a Defensoria Pública tem um papel essencial na defesa da democracia e esse compromisso será reafirmado na Lavagem do Bonfim deste ano. Durante a festa popular, que acontece nesta quinta-feira, 12, a Defensoria Pública da Bahia (DPE/BA) volta a repudiar os ataques contra os três poderes da República ocorridos em Brasília, no último domingo, 8, e mais uma vez defenderá o respeito à vontade popular manifestada nas urnas.

O posicionamento da instituição foi sintetizado na mensagem “Sempre ao lado da Democracia. Defensoria pelo respeito ao voto do povo”, que comporá uma das faixas levadas para a festa popular. Junto com a Associação de Defensoras e Defensores Públicos da Bahia – ADEP/BA, a DPE/BA também vai levantar as bandeiras do respeito à diversidade religiosa e defender o fortalecimento da instituição e da carreira. “Jesus ou Oxalá, tem que respeitar!”, estampará a outra faixa.

De acordo com o defensor geral, Rafson Ximenes, a Defensoria da Bahia já faz, normalmente, a defesa da democracia durante a Lavagem do Bonfim ao chamar atenção para a liberdade religiosa, que é um direito constitucional e expressão do regime democrático. No entanto, após os atentados ocorridos em Brasília, se tornou fundamental frisar o respeito à vontade das urnas durante o festejo popular.

“O regime democrático exige respeito às instituições, à vontade popular, ao direito à existência de cada um. A Defensoria Pública é instrumento e expressão do regime democrático porque é para garantia desse respeito que ela atua todos os dias. É nesse espírito que nós vamos a mais uma histórica Lavagem do Bonfim”, afirmou.

Essa é a 13ª vez que a DPE/BA participa do festejo popular. A concentração das defensoras(es), servidoras(es) e estagiárias(os) que participarão do cortejo está marcada para ocorrer às 7h30, ao lado da Igreja de Nossa Senhora. A saída está prevista para às 8h40.

Atentado aos três poderes

No domingo, 08, manifestantes contrários à eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal e o Palácio do Planalto. Durante o ato atentatório contra o regime democrático e as instituições que o sustenta, houve depredação das estruturas físicas e do patrimônio artístico e cultural brasileiro presente nas sedes dos órgãos.