COMUNICAÇÃO
MAIRI – Exame de DNA é o serviço mais procurado no segundo dia da Unidade Móvel da Defensoria na cidade
Este segundo dia registrou 48 atendimentos, que, somados aos do primeiro dia, deu um total de 105 pessoas atendidas
A passagem da Unidade Móvel de Atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA pela cidade de Mairi, que antigamente era chamada de Monte Alegre, proporcionou alegria a muitos moradores que tiveram a chance de realizar o exame de DNA para investigação e reconhecimento de paternidade. Nesta sexta-feira, 27, foram registrados mais 48 atendimentos, que somados aos do primeiro dia, deu um total de 105 pessoas atendidas durante a visita.
Se no primeiro dia da visita o serviço mais procurado foi o divórcio consensual, este segundo dia da UMA na cidade foi marcado pelos exames de DNA, que fazem parte da Ação Cidadã Sou Pai Responsável da DPE/BA.
“É uma mistura de alegria e tranquilidade fazer este exame depois de 48 anos e saber se ele é meu pai biológico. Parece que meu coração vai sair pela boca de tanta emoção”, contou, emocionada, a lavradora Leonice Sousa, 48 anos, que foi à Unidade Móvel com o suposto pai, o lavrador Sinval Pacheco, de 90 anos (e 7 meses, como ele faz questão de frisar). “É o exame que vai dizer sim ou não”, resumiu o lavrador, que é pai de 16 filhos.
Se depender da cor dos olhos, a pequena J.C.S é filha do lavrador João Araújo Filho, mas, na dúvida, ele preferiu fazer o exame. “É o DNA que vai me dizer, com certeza, se ela é minha filha ou não”, contou o suposto pai, que carregou a pequena no colo, pela primeira vez, durante a coleta para o exame. “Foi este exame que fez a gente voltar a se falar. Mandei mensagem para ele e avisei que vocês estariam na cidade”, revelou a mãe da menina.
Quem também se aproximou do pai, pela primeira vez, lado a lado, na Unidade Móvel, foi o ajudante de padeiro Áureo Costa Neto, que descobriu há quase 13 anos o nome do seu suposto pai e sempre via ele nas ruas da cidade de Várzea do Poço, onde moram. “Nunca me aproximei dele por vergonha e por medo do que ele podia pensar ou falar. Sempre preferi me calar, até a hora que soube que a Defensoria vinha para cá e decidi tomar coragem para falar com ele e chamar para fazer o exame. Tudo acontece na hora certa”, acredita.
Para o coordenador da Unidade Móvel, Marcus Vinícius Lopes de Almeida, a UMA, como é mais conhecida, chegou realmente na hora certa. “Chegamos na hora em que esses moradores de Mairi e cidades vizinhas mais precisavam dos serviços da Defensoria, seja para uma orientação jurídica, mas, principalmente, para os divórcios e exames de DNA. Nossa missão foi cumprida mais uma vez”, garantiu o coordenador, que dividiu os atendimentos com o defensor público José Victor Ataíde e contou com o apoio dos servidores de Jacobina, Juazeiro e Salvador.