COMUNICAÇÃO

MAIRI – Exame de DNA é o serviço mais procurado no segundo dia da Unidade Móvel da Defensoria na cidade

27/09/2019 17:55 | Por Ingrid Carmo DRT/BA 2499

Este segundo dia registrou 48 atendimentos, que, somados aos do primeiro dia, deu um total de 105 pessoas atendidas

A passagem da Unidade Móvel de Atendimento da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA pela cidade de Mairi, que antigamente era chamada de Monte Alegre, proporcionou alegria a muitos moradores que tiveram a chance de realizar o exame de DNA para investigação e reconhecimento de paternidade. Nesta sexta-feira, 27, foram registrados mais 48 atendimentos, que somados aos do primeiro dia, deu um total de 105 pessoas atendidas durante a visita.

Se no primeiro dia da visita o serviço mais procurado foi o divórcio consensual, este segundo dia da UMA na cidade foi marcado pelos exames de DNA, que fazem parte da Ação Cidadã Sou Pai Responsável da DPE/BA.

“É uma mistura de alegria e tranquilidade fazer este exame depois de 48 anos e saber se ele é meu pai biológico. Parece que meu coração vai sair pela boca de tanta emoção”, contou, emocionada, a lavradora Leonice Sousa, 48 anos, que foi à Unidade Móvel com o suposto pai, o lavrador Sinval Pacheco, de 90 anos (e 7 meses, como ele faz questão de frisar). “É o exame que vai dizer sim ou não”, resumiu o lavrador, que é pai de 16 filhos.

Se depender da cor dos olhos, a pequena J.C.S é filha do lavrador João Araújo Filho, mas, na dúvida, ele preferiu fazer o exame. “É o DNA que vai me dizer, com certeza, se ela é minha filha ou não”, contou o suposto pai, que carregou a pequena no colo, pela primeira vez, durante a coleta para o exame. “Foi este exame que fez a gente voltar a se falar. Mandei mensagem para ele e avisei que vocês estariam na cidade”, revelou a mãe da menina.

Quem também se aproximou do pai, pela primeira vez, lado a lado, na Unidade Móvel, foi o ajudante de padeiro Áureo Costa Neto, que descobriu há quase 13 anos o nome do seu suposto pai e sempre via ele nas ruas da cidade de Várzea do Poço, onde moram. “Nunca me aproximei dele por vergonha e por medo do que ele podia pensar ou falar. Sempre preferi me calar, até a hora que soube que a Defensoria vinha para cá e decidi tomar coragem para falar com ele e chamar para fazer o exame. Tudo acontece na hora certa”, acredita.

Para o coordenador da Unidade Móvel, Marcus Vinícius Lopes de Almeida, a UMA, como é mais conhecida, chegou realmente na hora certa. “Chegamos na hora em que esses moradores de Mairi e cidades vizinhas mais precisavam dos serviços da Defensoria, seja para uma orientação jurídica, mas, principalmente, para os divórcios e exames de DNA. Nossa missão foi cumprida mais uma vez”, garantiu o coordenador, que dividiu os atendimentos com o defensor público José Victor Ataíde e contou com o apoio dos servidores de Jacobina, Juazeiro e Salvador.