A Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA participou, na manhã desta sexta-feira, 24, do ato ecumênico e da mobilização em memória das vítimas do naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, que naufragou na Baía de Todos os Santos, na manhã de 24 de agosto de 2017. Após o encontro, realizado na praça principal de Mar Grande, os sobreviventes e familiares das vítimas foram atendidos na Unidade Móvel da Instituição e puderam saber detalhes das ações indenizatórias, por danos morais e materiais, ajuizadas pela Defensoria.

O defensor público geral, Clériston Cavalcante de Macedo, esteve presente na Unidade Móvel montada pela Defensoria para acolher e garantir os direitos das vítimas. O atendimento aos sobreviventes e familiares de quem perdeu a vida no naufrágio foi feito pelos coordenadores da força-tarefa que estiveram hoje na ilha: Gil Braga, Mônica Aragão, Soraia Ramos e Maia Gelman – esta última atua na unidade da Defensoria em Itaparica.

“Esquecer tudo que passamos naquele dia é impossível, mas estamos tentando seguir com nossa vida. Só quem estava naquela lancha sabe a dor que passou. Quem perdeu a vida não volta mais, mas nós estamos aqui pedindo por justiça e lutando para que esta tragédia não fique impune. Entrei com um processo de indenização através da Defensoria, tivemos a primeira audiência e, agora, aguardamos que a empresa [CL Empreendimentos] chegue a um acordo”, relatou a auxiliar administrativa Nilceia Teixeira, 54 anos, que foi à Unidade Móvel com o esposo, que também sobreviveu à tragédia, para consultar o andamento da ação.

Defensoria na defesa das vítimas

No início da semana a Defensoria Pública divulgou balanço das ações realizadas com o objetivo de garantir direito a indenização por danos material e moral dos sobreviventes e familiares das pessoas que morreram no acidente com a lança Cavalo marinho I.

Já foram impetradas 46 ações indenizatórias, cinco de pessoas atendidas em Salvador. A pedido da Defensoria a Justiça bloqueou os bens da CL Empreendimentos LTDA e do sócio Lívio Garcia Galvão Jr.,  o bloqueio das cotas sociais de Lívio Junior nas empresas Ala Comércio de Combustível Ltda, Ala Assessoria e Consultoria Administrativa Ltda e LG Locação de Equipamentos Eireli, assim como o bloqueio de 5% da renda líquida da venda de bilhetes para o transporte marítimo.

Os defensores públicos também abriram canal de diálogo com a CL Empreendimentos e a Agerba, na tentativa de viabilizar um acordo para que os assistidos da Defensoria possam receber as indenizações no menor tempo possível.