COMUNICAÇÃO

Memorial, medalhas e cultura marcam cerimônia do Dia Nacional da Defensoria

20/05/2016 18:06 | Por Alexandre Santos

Solenidade também comemorou os 30 anos da instituição

Em uma noite de homenagens, apresentações musicais e intervenções artísticas, a Defensoria Pública da Bahia (DPE-BA) celebrou, nesta quinta-feira (19/5), 30 anos de atuação sob uma trajetória marcada por lutas, desafios e conquistas. Realizada no Salão Lótus do Fiesta Convention Center, em Salvador, a comemoração reuniu defensores públicos, servidores, estagiários e colaboradores da instituição, além de representantes do poder público, de movimentos sociais e de entidades da área jurídica do Estado.

"Hoje é dia de nos orgulharmos e agradecer uns aos outros, já que todos somos responsáveis por construir uma instituição corajosa, que não tem medo de afirmar os seus princípios de não se omitir. Sim, nós, defensores e servidores, temos lado. Estamos do lado do negro, do índio, da mulher, da pessoa com deficiência, do homossexual, do preso do pobre, do trabalhador rural, da população em situação de rua, dos catadores de material reciclável, de Jesus e de Oxalá", afirmou o defensor público-geral Clériston Cavalcante de Macêdo, na abertura do evento.

Para o defensor geral, a ocasião era ainda mais especial, uma vez que a data celebrava o Dia Nacional da Defensoria e dia do Defensor Público, além dos 30 anos da instituição. "Quando celebramos o dia da Defensoria Pública, de certa forma homenageamos todos os pobres que sofreram processos injustos, como Oxalá e o próprio Jesus Cristo", reiterou.

A solenidade foi aberta pelo grupo metais da orquestra Neojibá e o músico Armandinho Macêdo, com execução do Hino Nacional e do Hino da Bahia. Ao longo da cerimônia outras músicas foram executadas por eles e textos e músicas interpretadas pelos atores Denise Correa e Thiago Romero.

CRESCIMENTO INSTITUCIONAL

Em sua fala, a presidente da Associação da Defensoria Pública do Estado da Bahia (Adep-BA), Ariana Sousa, ressaltou "este 19 de maio com um brilho a mais, um momento único, que traz como fruto o crescimento de uma instituição". "Nós, defensores públicos, chegamos a esses 30 anos de forma amadurecida. Nossos passos são guiados por uma trajetória infinita de avanços e ameaças. Mas uma coisa é certa: sabemos aonde queremos chegar e para onde ir", discursou Ariana.

Entre os principais avanços das três décadas de atuação, a Ouvidoria Geral foi exaltada pelo fato de a DPE ser a única instituição do sistema de Justiça da Bahia a contar com um instrumento que dá voz aos anseios da sociedade civil. "Fico feliz de fazer parte desse momento histórico. Se tem uma instituição que a população bota muita fé em lugares em que o Estado ainda não se faz presente, essa instituição é a Defensoria Pública", disse socióloga Vilma Reis, titular do posto.

MEMORIAL

No ano em que revisita a sua história por meio de um recorte temporal para o livro e memorial dos 30 anos, a tradicional Medalha de Honra ao Mérito, concedida àqueles que contribuíram para o fortalecimento da instituição, homenageou, pela primeira vez, servidores da DPE. Laureado na categoria que destaca os desempenhos social e político e de serviços à instituição, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), receberá a honraria em outro momento, já que não pôde comparecer à solenidade.
Durante a programação, a Comissão de Memória do órgão, instituída em maio de 2015, apresentou a mostra "30 anos da Defensoria Pública da Bahia", projeto itinerante que percorrerá todas as regionais do órgão. A iniciativa contará com constituição de um Memorial e de um livro acerca das três décadas de atuação da instituição.

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