Uma menina de 1 ano e seis meses foi devolvida aos pais biológicos graças a uma intervenção da Defensoria Pública do município de Paulo Afonso, a 480 km de Salvador. O avô paterno, o aposentado Antonio Batalha, não queria devolver a criança, alegando que os pais biológicos não tinham condições de criá-la.

De acordo com o defensor público responsável pelo caso, Geneir Marques, o pai da garotinha, o autônomo David Silva, argumentou que havia deixado a criança com Batalha porque estava à procura de um lugar para morar e necessitava de um tratamento psicológico para sua esposa, Elba Silva, que sofria de depressão. Silva argumentou, também, que estava com dificuldades para encontrar emprego fixo e precisou de mais algum tempo para resolver a situação.

O avô da menina, que já estava cuidando dela há dois meses e garantiu ter se apegado demais, ameaçava se mudar para a cidade de Aracaju - SE. Batalha justificou que não devolveu a neta pelo fato de o casal estar passando por dificuldades financeiras.

Procurado pelo casal, o defensor Geneir entrou na Justiça com o pedido de busca e apreensão da criança, que foi concedido em menos de 24 horas pelo juiz Rosalino Almeida, da 1ª Vara Cível de Paulo Afonso.

Inconformado, o avô da criança disse que irá recorrer da decisão através de uma ação de destituição do poder familiar.