COMUNICAÇÃO

MÊS DA MULHER: Oficina é realizada com agentes penitenciários

29/03/2012 14:57 | Por

Em mais uma atividade em comemoração ao Mês da Mulher, a Defensoria Pública realizou na tarde de terça-feira (27) uma atividade chamada "Cuidando do cuidador" com os agentes penitenciários do Conjunto Penal Feminino. Elaborada pelo Núcleo de Execução Penal em parceria com o Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem) da Defensoria, a iniciativa foi voltada às internas e aos servidores responsáveis por prestarem serviços às custodiadas. Estiveram presentes no conjunto as defensoras Firmiane Venâncio e Bethânia Ferreira, além da ouvidora geral da Defensoria Tânia Palma.

Os servidores da penitenciária tiveram a oportunidade de compartilhar os conflitos e desafios que enfrentam diariamente durante o trabalho no sistema prisional. "O objetivo é fazer com que eles reflitam seu papel, entre o próprio grupo de servidores e também com internas", disse a psicóloga jurídica da Rede de Atenção à Mulher, Luciana Benedetto, que esteve à frente da oficina. A defensora Firmiane Venâncio, que coordena o Nudem, comentou a importância do trabalho desenvolvido. "Há uma necessidade de nós termos uma atenção com os agentes que trabalham aqui nessa casa, porque são eles que vivenciam as dificuldades do dia a dia deste tipo de serviço. Toda essa articulação foi feita em conjunto e acho que essa é a forma de avançar", afirmou a defensora.

A última atividade do dia, realizada pela assistente social Jaqueline Soares, pontuou a necessidade do bom convívio entre as pessoas e da valorização do espaço de trabalho. Para Rosemary Humildes, agente penitenciária há 22 anos, o projeto vai contribuir na melhoria da relação com as internas. "As vezes elas são agressivas por acharem que somos superiores. Poderemos aplicar diariamente o que a gente aprendeu com as palestras", disse ela.

Até sexta-feira (30), a atenção será voltada novamente às internas do Conjunto Penal. Dessa vez, todos os defensores públicos das varas criminais vão atendê-las individualmente. "Essa será mais uma oportunidade delas conhecerem o andamento dos processos, saber quais as providências necessárias e terem uma relação melhor com seu defensor responsável pelo caso", afirma a defensora pública Bethânia Ferreira. Para ela, o projeto aproxima a Defensoria das mulheres privadas de liberdade. "Isso mostra o quanto um momento lúdico e construtivo é importante para as internas. Este trabalho está sendo uma oportunidade de mostrarmos a importância que elas têm para a Defensoria Pública", acrescenta.