COMUNICAÇÃO

Moradores de Periperi recebem assistência jurídica gratuita durante mutirão

13/11/2012 18:24 | Por

A vendedora ambulante Maria Pazos, 52 anos, deseja dar entrada no divórcio. A doméstica Jaqueline Barbosa, 31, quer garantir o pagamento da pensão alimentícia para o filho de nove anos. As duas mulheres, moradoras de Periperi, estão entre as 50 pessoas atendidas pela Defensoria Pública da Bahia, neste sábado (10), durante o Mutirão do Registro Civil e Documentação Básica, das 9h às 17h, na Praça da Revolução, localizada no mesmo bairro. O evento foi promovido pela Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).

"Há três meses o pai do meu filho não paga a pensão dele",contou Jaqueline. A oportunidade de atendimento próximo ao local onde mora facilitou a procura pela resolução do problema. "Teria que acordar cedo e pegar dois ônibus para chegar até a Defensoria", explicou. Motivo este que também levou Maria Pazos a procurar o auxílio da Defensoria no mutirão. "É difícil para quem mora no subúrbio procurar o atendimento", relatou a vendedora ambulante.

Já o pintor Ronaldo Matos, de 33 anos, terá a dúvida sobre a paternidade de uma criança de 11 anos sanada. Ele, a suposta filha e a mãe da criança fizeram a coleta para o exame de DNA no local. "Quero tirar essa dúvida definitivamente. Se der positivo, irei assumir todos os deveres de um pai",declarou o pintor que não tem contato algum com a filha. Ao total, quatro coletas de exame foram realizadas durante o mutirão.

A área de Família representou a maior demanda de atendimentos, de acordo com a defensora pública Carla Guenem. No entanto, a Instituição também auxiliou os cidadãos em diversas áreas de atuação a exemplo da Cível, com a averbação do nome do pai no registro de nascimento. "Prestamos um atendimento geral, esclarecendo as dúvidas da população e prestando todo o auxílio jurídico necessário. É importante que a Defensoria vá ao encontro desses cidadãos que moram em locais afastados", explicou a defensora pública Carla Guenem, corroborada pela coordenadora executiva da capital, a defensora pública Rita Orge: "Todo atendimento da Defensoria na comunidade é excelente, pois é dever do defensor atender a comunidade carente. Essa é a oportunidade que temos de nos aproximar da população", concluiu.