Os moradores do Recanto São Rafael, em São Marcos, permanecem no local, depois dos momentos de tensão provocados por uma liminar da 3ª Vara Cível que determinou a desocupação imediata da área.

Tudo por causa da ação da Defensoria Pública, que solicitou sua suspensão em tempo hábil e buscou intermediar os ocupantes junto aos órgãos públicos. O juiz Argemiro de Azevedo Dutra atendeu a solicitação do defensor Eduardo Stoppa e agendou nova audiência do caso para o próximo dia 15 de agosto.

Na última terça, 15, Stopa, acompanhado da defensora Mônica Aragão, subcoordenadora da Defensoria Especializada Cível e da Fazenda Pública, visitou a comunidade para discutir possíveis métodos de regularizar a situação dos moradores. Participaram do encontro o presidente da associação dos moradores do Recanto São Rafael, Ubiratan Nascimento dos Santos e o presidente da comissão dos moradores da ocupação, Evangevaldo Rosa da Silva.

Na ocasião, eles salientaram a importância do empenho da Defensoria Pública. "Procuramos a Defensoria em 2000 quando o dono das terras veio aqui e entrou na justiça. Desta vez foi a Defensoria que nos contatou para saber de nossa situação", ressaltou Ubiratan. Após a reunião, os representantes da comunidade mostraram aos defensores toda a ocupação, inclusive apontando suas dificuldades estruturais e destacando as ações que já foram feitas pelos próprios moradores para melhorar a situação.

Outro encontro com órgãos públicos ocorrerá na próxima terça, 22, em que reunião formada pela prefeitura passa a discutir o impasse que decide o futuro das famílias da localidade.