COMUNICAÇÃO
Moradores do Tororó vão pedir concessão para permanecer em suas casas
Os moradores da Rua Monsenhor Rubens Mesquita, que fica nos fundos da Estação da Lapa, no Bairro do Tororó, e que estão sendo alvo de uma ação do Ministério Público que conseguiu ordem judicial para que suas casas sejam demolidas, devem entrar, junto à prefeitura, com um pedido de concessão de Direito Real de Uso (CDRU).
Esta foi a orientação fornecida pela defensora pública Mônica de Paula Pires de Aragão, subcoordenadora da Defensoria Cível e da Fazenda Pública, ao mediar o conflito existente na região. Na última terça, 2, a defensora esteve reunida com representantes da comunidade, na presença de representantes da prefeitura de Salvador, do líder comunitário, Joel Vasconcelos e de Sirlene Santana, do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), quando foram passadas para os moradores orientações de como proceder o cadastramento no CDRU.
Segundo Mônica Aragão, o CDRU foi uma maneira que a Defensoria encontrou de buscar uma solução para a situação, de modo que evite prejuízos para as partes. "Estamos fazendo o papel da Instituição que é garantir os direitos dos cidadãos".
O conflito surgiu por conta de uma ação que o MP moveu contra a prefeitura, alegando a permissão ilegal da ocupação da área por ser esta de patrimônio ambiental, pois é onde está localizada a tradicional Fonte do Tororó. Em virtude disso, foi conseguida uma ordem judicial de demolição de todas as 120 casas do local, pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (SUCOM). Mas a ação foi impedida, num primeiro momento, graças à intervenção da Defensoria.
De acordo com Mônica Aragão, uma nova reunião vai acontecer no próximo dia 10, na Prefeitura, quando serão averiguados os resultados sobre a análise do pedido da CDRU.