COMUNICAÇÃO
Mutirão com moradores do Residencial das Margaridas é realizado pela Defensoria Pública
Cerca de 90 famílias possuem pessoas com deficiência e sofrem diariamente pela falta de acessibilidade
Mais de 90 famílias que moram no Residencial das Margaridas, em Salvador, sofrem diariamente com a falta de acessibilidade nas escolas, nas moradias, nos postos de saúde e nos transportes públicos. Por conta disto, uma denúncia feita por uma mãe chegou à Rede Intersetorial e a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA realizou nesta segunda-feira, 10, um mutirão de atendimentos na sede da Instituição.
O mutirão foi realizado pela coordenadora Gisele Aguiar e pela defensora pública Laíssa Rocha, ambas da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, e a defensora pública Cláudia Ferraz, que faz parte da Especializada de Proteção aos Direitos Humanos, através da atuação das pessoas com deficiência.
A defensora pública Cláudia Ferraz comentou sobre como pensaram na ideia do mutirão: “Uma das mães chegou para a gente e fez a denúncia de problemas com relação à acessibilidade, da quantidade acima do limite de famílias colocadas no Residencial, tendo nelas pelo menos uma pessoa com deficiência (sendo a grande maioria vítimas da microcefalia). A Defensoria tem feito algumas ações, a princípio por estas duas Especializadas já mencionadas, mas precisaremos englobar outras como a de parte do Fundiário e Cível e Fazenda Pública”.
A moradora do Residencial Margaridas, Alessandra Santos Silva, de 36 anos, é mãe de Stefany Alice Silva, de seis anos, e nos informou que a filha está há dois anos sem conseguir frequentar a escola, pois os diretores informam que não há vagas para ela.
Já Jucilene Rios da Silva, de 43 anos, é deficiente física e mora na casa da mãe no Residencial Margaridas. Ela conta que até o momento não conseguiu o imóvel do “Minha Casa, Minha Vida”, que está há aproximadamente dez anos na fila preferencial e ainda nada: “Vim em busca de uma resposta, já tenho cadastro e ainda nada. Vou aproveitar a Defensoria que está atuando em prol da gente”.
Falta de políticas públicas resultam e pioram esta falta de acessibilidade. De acordo com a defensora pública Gisele Aguiar informou que a Defensoria Pública vai tratar destas questões que carecem de atenção e o próximo passo será uma visita ao Residencial, em data a ser definida, para averiguar o que precisa ser melhorado.
*A publicação das fotos foi autorizada pelas participantes do mutirão.