COMUNICAÇÃO
Na 1ª Tribuna Popular de Pernambués, defensoras são homenageadas
A comunidade de Pernambués juntamente com as lideranças do bairro, representantes da Defensoria Pública da Bahia, Ministério Público e Secretaria de Saúde do Município, participaram durante a tarde da última terça-feira (6), da 1ª tribuna popular em defesa de direitos dos moradores do bairro. O objetivo do evento, realizado pelas Associações de bairro local, foi o de informar às entidades sobre os impactos ambientais que vem sendo causados com a construção de empreendimentos imobiliários e as dificuldades no acesso à saúde e educação para os moradores do local. "Essa tribuna é importante para a comunidade, é o momento que o povo tem para falar dos problemas que sofrem", diz o líder comunitário Manoel Messias Silva, ressaltando que a comunicação é o que falta pra que sejam encontradas soluções para o bairro de Pernambués.
Empresas como a "Grande Bahia" e "Salvador Shopping" foram as citadas pela comunidades como causadoras dos impactos, assim como queixas referentes a falta de saneamento básico nos locais próximos ao canal que recebe resíduos de ambas as empresas. Para Reginaldo Santos, morador de Pernambués, as empresas prejudicam muito a comunidade. "Além de poluírem o canal, não fazem nada pela população, não dão oportunidades de emprego para as pessoas que moram aqui", declara. Outros problemas foram expostos durante a Tribuna, como a falta de médicos nos postos de saúde, falta de estrutura nas escolas, falta de professores e, consequentemente, de alunos nas salas de aula, o que preocupa os familiares, que temem pela má formação, falta de conhecimento e de oportunidade para os jovens, o que pode resultar em envolvimento dessas crianças e adolescentes com drogas. "Várias escolas estão fechadas por falta de professores e isso tem que mudar. A população precisa ter acesso à educação", afirma o diretor do Centro Social Urbano de Pernambués, Aloísio Ribeiro.
A defensora pública Fabiana Almeida falou para população sobre o papel desempenhado pela Defensoria, explicou sobre as funções da Especializada de Direitos Humanos e sobre os Núcleos de atendimento da instituição, com o intuito de esclarecer aos cidadãos como eles devem agir para buscar solucionar os problemas que a comunidade enfrenta. "É importante que a comunidade se una para avaliar os problemas existentes e com a ajuda dos órgãos públicos conseguir encontrar soluções. A Defensoria existe para atendê-los nos casos que realmente precisam de um atendimento jurídico", explica a defensora. Na ocasião, por conta do trabalho prestado no bairro e para simbolizar o reconhecimento das mulheres que lutam pelos direitos dos cidadãos, as defensoras públicas Fabiana Almeida e Hélia Barbosa, esta última representada pela servidora Daniele Santana, foram homenageadas com buquês de rosas, entregues pelo líder comunitário Manoel Messias Silva.