Sala cheia. Este foi o cenário de mais uma edição do projeto Sala de Espera, realizada nesta quarta-feira (6), no CAJ I (Casa de Acesso à Justiça), em Salvador, onde a Defensoria reuniu especialistas em saúde para esclarecer os(as) usuários(as) sobre o risco de epidemia de dengue na Bahia.

“Até ontem, foram quase 30 mil casos da doença no Estado e já são 122 municípios em situação de epidemia”, alertou Carlos Alberto Santana, técnico do Centro de Controle de Zoonoses de Salvador (CCZ) e um dos palestrantes do evento. Ele explicou que a mobilização popular é fundamental para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, que também transmite Zika e Chikungunya. “Temos mil agentes de combate às endemias nas ruas todos os dias. Porém, precisamos que a população faça sua parte e evite o acúmulo de água parada no interior das casas”, reforçou.

A atividade, organizada pelo Núcleo de Saúde da DPE/BA, aproveita o tempo em que os(as) usuários(as) aguardam atendimento para debater temas relevantes na sociedade, como é o caso da dengue, cujas notificações na Bahia aumentaram 210% em relação ao mesmo período do ano passado.

O segundo palestrante, Marcos Gemeos, presidente do Conselho Estadual de Saúde, insistiu no engajamento popular como a melhor solução para o combate à doença. “A dengue é 100% prevenível. Está em nossas mãos fazer esse combate e ter esse cuidado”. Ele também falou sobre a importância de a população procurar as unidades de saúde mais próximas de casa e evitar a automedicação em casos não diagnosticados.

A defensora pública Tatiane Ferraz, que mediou as palestras, registrou que a Defensoria tem interesse em replicar essa atividade, com esse mesmo tema, em todas as regionais da instituição, no interior do Estado. “Estamos engajados nessa luta e, como se trata de um assunto muito sério para toda a sociedade, a DPE não poderia ficar de fora”, afirmou.

*Fotos: Larissa Santos