COMUNICAÇÃO
Natal solidário para população em situação de rua é realizado em parceria com a Defensoria
“Quando a polícia vier me abordar, eu vou mostrar que eu sou um cidadão de bem e eles vão me tratar com mais respeito”. Este foi o depoimento de Lázaro da Silva Santos, morador em situação de rua, ao obter um encaminhamento para fazer seus documentos através da Defensoria, durante as atividades do II Natal Solidário da População em Situação de Rua, realizado na última quarta-feira (07), na Praça da Piedade. O evento contou com stands de vários órgãos que prestaram serviços gratuitos, e a Defensoria ofereceu dentre orientações jurídicas, encaminhamentos para retirada de 2ª via de documentos e verificação do andamento de processos criminais.
Segundo Vânio Borges, secretário do Movimento População em Situação de Rua, o principal objetivo do evento é promover ações que demonstre solidariedade. “É muito importante que os moradores saibam que eles estão sendo lembrados nesse período de Natal”. Para Maria Lúcia, coordenadora do Movimento, o encontro foi realizado por dois motivos, a sensibilização e a união dos órgãos em prol de uma mesma causa. “A população de rua é caso da união de todos. É preciso trazer visibilidade, conscientização, tirar o estigma de que a população de rua só quer comida e trazer tudo aquilo que eles precisam, como saúde, habitação, garantir direitos e fomentar as políticas públicas”, diz.
Carlos André dos Santos é Alagoano e atualmente morador de rua da região da Piedade. Ele conta que quando mais jovem se perdeu de sua mãe e por isso foi parar na rua. “Já procurei emprego, mas sem documento fica difícil. Eu quero a minha melhora” declara ele sobre a sua atual situação. Ainda sobre os atividades do evento ele ressalta que irá se beneficiar bastante. “Esse evento foi de melhor qualidade, vou conseguir tirar meus documentos e isso já é um recomeço valioso”.
“A Defensoria está oferecendo dignidade a essas pessoas em situação de rua, resolvendo questões referentes ao retorno da cidadania, ao exemplo de voltarem a ter seus documentos”, declara a defensora pública Fabiana Miranda, subcoordenadora da Especializada de Direitos Humanos. “Eles estão tendo acesso a saúde e outros serviços que são deles por direito”, conclui.