Foi iniciado na manhã desta terça-feira, 18, curso de formação para que os 22 novos defensores e defensoras, empossados na tarde de ontem em cerimônia na sede da União dos Municípios da Bahia, passem a atuar efetivamente na Defensoria Pública do Estado da Bahia -DPE/BA.

Ministrado na Escola Superior da Defensoria Pública – Esdep, o curso se iniciou com uma fala de recepção e um conselho do defensor público geral da Bahia, Rafson Saraiva Ximenes.

“Sejam bem-vindos para se juntar à luta pela justiça social, pela igualdade de direitos, por uma sociedade melhor. Vocês vão começar trabalhando em cidades do interior, é importante que se identifiquem e se integrem com o lugar. Cada dificuldade encontrada forma também alegrias e conquistas que se vão alcançar. E não apenas para vocês, mas também para os demais, aqueles a quem servimos”, disse Rafson Ximenes.

Para a corregedora da DPE/BA, Liliana Sena, cada curso de formação representa o fortalecimento da Instituição. “A presença de vocês aqui significa o que a gente sonhou e se esforça por construir que é o crescimento e ampliação do trabalho da Defensoria”, declarou.

A diretora da Esdep, Soraia Ramos, explicou que o curso se estende por três anos e faz parte de todo o período que deve atestar a competência dos defensores para que se firmem no cargo.

“É preciso primeiro que se tenha uma noção do que é a Defensoria em seu caráter geral e institucional. O curso de formação é continuado. No primeiro momento temos dois meses aqui e segue o processo com eles e elas já atuando nas comarcas e com encontros posteriores a cada três meses. Nestes momentos se entregam materiais e relatórios obrigatórios a serem analisados pela Corregedoria, que faz a avaliação do estágio probatório”, explicou Soraia Ramos.

Também participou da mesa de abertura a ouvidora geral da Defensoria, Sirlene Assis, e a defensora pública e vice-presidente da Associação dos Defensores Públicos da Bahia, Mônica Soares. No turno da tarde o curso de formação seguiu com palestras da advogada e professora Marina Cerqueira e do advogado e professor Lucas Carapiá, ambos do Instituto Baiano de Direito Processual Penal. 

Defensores

De Aracaju e atuando anteriormente como advogada, a nova defensora pública Renata de Oliveira demonstrou estar em sintonia com o propósito e a condição de sua primeira fase de atuação na Defensoria.

“Estou muito feliz. Eu sei da importância da interiorização e vim com a consciência de que nossa atividade será no interior e entendo a importância e a necessidade de alcançar as pessoas onde elas estão. Além disso gosto de cidades pequenas. Quanto ao curso, vejo como um momento de ampliar a noção da atuação que vamos realizar, conhecer mais a fundo a estrutura da Defensoria e também uma oportunidade de conhecer mais os colegas”, destacou Renata de Oliveira.

Atuando anteriormente como defensor público no Estado do Amazonas, o soteropolitano e novo defensor público da Bahia Gustavo Linhares manifestou grande disposição quanto ao exercício das funções.

“É um trabalho cativante. Nós mantemos contato com as pessoas mais vulneráveis, escutamos suas histórias, aprendemos a nos colocar no lugar delas. Minha aspiração é aprender cada vez mais com estas pessoas, que trazem para mim exemplos de vida”, pontuou com emoção Gustavo Linhares. Segundo ele, o mínimo que se pode fazer para esse público de vida dura, difícil – porém alegre e generoso – é procurar diminuir os transtornos que estas pessoas passam e construir um caminho para que elas mesmas possam auxiliar outras.