No dia 24 de julho, cerca de 50 pessoas pertencentes ao Fórum de Combate a Desigualdade Racial no Mercado de Trabalho realizaram um protesto dentro do Salvador Shopping, reivindicando igualdade racial nos empreendimento. Os manifestantes acusam os empresários de racismo ao não contratarem funcionários negros para as lojas.

De acordo com os organizadores do manifesto, as reivindicações visam combater a desigualdade racial no mercado de trabalho, onde a população negra se encontra em larga desvantagem em relação à população branca. Dados do Dieese referente ao ano de 2007 demonstram que na Região Metropolitana de Salvador (RMS), os negros representam 86% da força de trabalho, mas são 90% dos desempregados. A taxa de desemprego estava de 22,7% para os negros e 15,6% entre os brancos, sendo que entre as mulheres negras essa taxa chega a 26,4%.

Criado em julho, o Fórum, composto por entidades como a Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Movimento Negro Unificado (MNU), o Atitude Quilombola, Instituto Búzios, Conen e Gaeec (Grupo de Arte-Educação, Esporte e Cultura), que procurou a Defensoria Pública, através do Núcleo de Proteção dos Direitos Humanos, para que a instituição intermediasse os interesses do Movimento junto à direção do Shopping. Segundo o coordenador do Núcleo, defensor público Gilmar Bittencourt, a Defensoria já iniciou o diálogo com a administração do empreendimento, convidando-a para discutir sua política de contratação de modo garantir o entendimento entre as partes.A reunião acontece nesta sexta-feira (7), na sede da Defensoria no Canela.