Na manhã desta quarta-feira (18), Dia Nacional da Defensoria Pública, a população de Salvador recebeu dois novos Núcleos de atuação da instituição baiana, o Núcleo de Assistência Jurídica aos Presos e seus Familiares e o Núcleo Especializado em Defesa da Mulher, que passam a funcionar na sede da Defensoria do Canela (Rua Pedro Lessa, 123). A inauguração contou com a presença de defensores da capital e do interior, representantes de instituições públicas e organizações sociais em defesa dos presos e das mulheres vítimas de violência doméstica. Os postos oferecerão à população atendimento especializado, com orientação jurídica e psicossocial que será desenvolvido por defensores públicos, assistentes sociais e psicólogos.

"Estes dois núcleos são fruto da luta da sociedade civil e dos esforços da Defensoria em atender àqueles que nos demandam cotidianamente. Com eles vamos continuar trabalhando para avançar este trabalho especializado em busca da garantia da cidadania e da Justiça a quem dela tem direito", pontuou a defensora pública geral, Tereza Cristina Almeida Ferreira. Além do quadro de funcionários, a sociedade civil também esteve presente durante toda a solenidade. Na ocasião, foram apresentadas as representações do Grupo Operativo da Ouvidoria Cidadã, como forma de firmar o pacto de aproximação permanente entre sociedade e Defensoria Pública.

Agradecimentos a todo o esforço da equipe foi ponto unânime no discurso dos defensores. Foi o caso do defensor público Gilmar Bitencourt, que coordena a Especializada de Direitos Humanos. "Esses espaços simbolizam toda a luta que travamos em prol da cidadania", pontuou. A coordenadora executiva das especializadas da capital, Firmiane Venâncio, que coordenará o Núcleo da Mulher, destacou a capacidade de inovação da Defensoria Pública. "Esse momento é a prova de que estamos caminhando sempre em busca de novas conquistas, na superação dos desafios que nos são colocados. Parabenizo a coragem e a dedicação da defensora geral do Estado para com este projeto e à defensora Cristina Ulm, que sempre esteve a frente desta atuação especializada", frisou.

Presos - O Núcleo de Assistência aos Familiares de Presos terá atuação conjunta com a Central de Atendimento a Presos em Delegacias (Capred). Para a defensora Soraia Ramos, que coordenou a Capred, os esforços integrados foram essenciais. "Foi um desafio imenso e tenho certeza que fizemos nosso trabalho da melhor forma possível", enfatizou. No entendimento do defensor Maurício Moitinho, que passa a coordenar a Central, pensar este Núcleo envolve uma série de articulações. "Temos que entendê-lo como fonte de informação e de acordos extrajudiciais. Através disso podemos verificar outras demandas, o que implica um trabalho articulado com as outras instâncias. Que esse serviço seja executado da melhor forma possível para o cidadão", pontuou.

"Foi um longo processo e enfrentamos os impasses diariamente até essa inauguração. Nós sabemos que esse foi um trabalho que envolveu as histórias das pessoas, nos envolve cotidianamente e transforma a nossa prática" (Cristina Ulm - defensora pública que atua na Defesa da Mulher vítima de violência)

"Inaugurar este Núcleo é significativa para os que necessitam desse serviço. A partir de agora, essas pessoas poderão contar com a assistência mais firme da instituição, iniciativa que temos que saudar". (Rita Orge - subcoordenadora da Especializada Criminal, que coordenará o Núcleo de Assistência aos Familiares de Presos)

"Em nosso município, vivemos uma realidade que mostra a falta de proteção destas famílias. Muitas delas desconhecem os direitos de seus parentes que estão presos, não sabem quem procurar, o que fazer para amenizar seu sofrimento e ter seus direitos garantidos. Ter este Núcleo é uma esperança" (Cacirlene Andrade - membro do Grupo Operativo da Ouvidoria Cidadã que atua com presos e familiares em Amargosa)

"Considero esse Núcleo em Defesa da Mulher mais uma porta aberta para defesa de muitas mulheres que vivem a violência todos os dias. Em Jacobina, as demandas são inúmeras, o que se reproduz em todos os municípios. Esperamos que esse espaço seja onde essas mulheres possam contar suas angústias, seus medos e que possam ter a Justiça feita em seu favor" (Dejanira Mendes - coordenadora do Movimento de Mulheres de Jacobina, integrante do Grupo Operativo da Ouvidoria Cidadã)

"Esse Núcleo é uma conquista nossa, que sempre demandamos da Defensoria uma atuação contundente e ampla junto às famílias dos presos. Esperamos que o trabalho seja garantido" (Hamilton Borges - Associação dos Amigos e Familiares dos Presos - ASFAP)