COMUNICAÇÃO
Oficina da Defensoria capacita pais sobre Alienação Parental
A Síndrome de Alienação Parental é a situação em que a mãe ou o pai influencia a criança para que ela rompa os laços afetivos com o outro cônjuge, resultando em fortes prejuízos em relação ao outro genitor. Para discutir o tema e conscientizar pais e mães sobre aspectos jurídicos e psicológicos da síndrome, foi realizada, na última quinta-feira (7), a I Oficina sobre Alienação Parental, promovida pelo Núcleo de Apoio Psicossocial (NAP) da Defensoria Pública, na Casa de Justiça e Cidadania, no Shopping Baixa dos Sapateiros, em Salvador.
A Oficina, que acontecerá duas vezes por mês, foi feita para um grupo de 20 pessoas, entre homens e mulheres, assistidos da Defensoria Pública, na qual foram alertados sobre os danos que a alienação parental ocasiona e a importância de trabalhar a participação ativa da figura paterna em prol do desenvolvimento dos filhos. Sobre a proposta da oficina, a psicóloga Lílian Ferreira resume: "Queremos oferecer um momento de reflexão, mostrar que apesar da separação do casal é importante que os pais conduzam a educação dos seus filhos da forma mais saudável possível", frisa ela.
Durante a atividade, Lilian, assim como a assistente social Roselita Santos e a estudante de Serviço Social e técnica administrativa da Defensoria, Jaciara Santiago, explanaram sobre os instrumentos de prevenção e combate à alienação parental; proteção integral;guarda compartilhada; mediação de conflitos e medidas judiciais previstas, contando coma a colaboração dos defensores públicos e coordenadores do Núcleo de Mediação da Defensoria Pública, Daniela Azevedo e Renato Amaral, que falaram sob os aspectos jurídicos. Para a defensora Daniela Azevedo, a integração entre o NAP e o atendimento prestado pelos defensores públicos colabora para um diagnóstico qualificado de quando ocorre a síndrome de alienação parental. "O trabalho de mediação é uma questão cultural. O nosso trabalho é diário, onde precisamos dialogar com as partes envolvidas até chegar à resolução dos conflitos", pontua Daniela.
Dorival Souza participou das atividades, buscando expandir o conhecimento adquirido na oficina. "A ideia do projeto é excelente. Compartilhamos experiências e aprendemos a solucionar nossas questões. Gostei tanto dessas orientações que vou repassar as informações para minha comunidade, em Tancredo Neves", complementa. Everaldo dos Santos, que tem uma filha de cinco anos de idade e que mora com ele há dois anos, também aproveitou a oportunidade para comentar sobre a importância dos cuidados com a criança nessa fase e relatar sua experiência. "Minha filha tem a vida social dela, quando alguém diz algo que é uma mentira, por exemplo, ela me pergunta, eu converso e explico que o caminho é esse e ela confia em mim". Everaldo ainda pontua que a avó tem colaborado nos cuidados com a criança e é também a pessoa que leva a menina ao encontro da mãe, ressalta.