COMUNICAÇÃO
Ouvidora-geral Vilma Reis é reconduzida ao cargo pelo Conselho Superior da Defensoria Pública
A sabatina contou com forte presença de movimentos sociais da sociedade civil organizada
Com cinco votos a quatro, a ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, Vilma Reis, foi eleita pelo Conselho Superior da Defensoria Pública – CSDP e reconduzida ao cargo para o biênio 2017/2019. A votação aconteceu na sala do CSDP na manhã desta terça-feira, 9, após a sabatina, onde os conselheiros fizeram perguntas as candidatas.
As candidatas – Diva Santana e Vilma Reis – responderam a questões como a participação da Ouvidoria na questão prisional; como se dará a interação da Ouvidoria da DPE/BA com as ouvidorias das polícias; qual a proposta de melhoria das condições de trabalho para os defensores públicos da capital; áreas prioritárias de atuação institucional; e qual o posicionamento da Ouvidoria em eventuais conflitos de atribuições da Defensoria em face de seguimentos da sociedade civil.
O defensor público geral e presidente do Conselho Superior, Clériston Cavalcante de Macêdo, parabenizou as duas candidatas pela forma como conduziram as respectivas campanhas. Foi dele o voto que desempatou a votação. Para o defensor-geral, o fator decisivo para a escolha de Vilma Reis foi a resposta dela ao questionamento sobre o que a motivava para desempenhar o cargo. "A forma de amor pelas causas que ela defende, e eu vi isso na candidata Vilma Reis, além de outras características dela para o desempenho do cargo, foram importantes para a escolha", ressaltou.
A candidata Diva Santana, do Grupo Tortura Nunca mais, disse receber com muita gratidão o resultado do processo democrático, que foi a eleição para o cargo de ouvidor-geral. "Tive quatro votos e me considero vitoriosa dentro de uma campanha de apenas vinte dias. Saio gratificada deste processo, considerando também que foram dois nomes fortes, de inserção da luta do povo brasileiro, baiano e da sociedade civil organizada", ponderou a candidata.
Vilma Reis demonstrou muita felicidade com o resultado que, segundo ela, é fruto da relação que tem com a sociedade civil organizada. "O que nós vivemos aqui hoje, da presença em massa dos movimentos sociais, é uma demonstração de que a Defensoria Pública nunca mais será a mesma. Ela vai sempre, daqui para frente, contar com os mais variados movimentos sociais que se organizam na Bahia e no Brasil", afirmou.
Representando a Associação dos Defensores Públicos da Bahia – ADEP, a vice-presidente, Maria Teresa Carneiro Santos Cintra Zarif, disse que o momento da eleição para ouvidor-geral da Defensoria Pública é muito importante para a democracia dentro da instituição. "É através da Ouvidoria que a sociedade civil tem voz e participação efetiva, e é isso que aproxima a Defensoria da sociedade, diferentemente das outras instituições", pontuou.
A primeira etapa da eleição aconteceu no dia 27 de abril, quando 10 entidades da sociedade civil fez a escolha para a lista encaminhada ao Conselho Superior. As entidades que participaram dessa etapa foram: Fórum Nacional de Mulheres Negras, Movimento de Organização Comunitária, Conselho Estadual do Cooperativismo, Grupo Tortura Nunca Mais, Associação de Pais e Mestres de apoio ao Desenvolvimento Social, Federação de Boxe Olímpico e Profissional da Bahia, Instituto Fatumbi, Associação Vida Brasil, Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e Casa de Passagem Belém.
A eleição para ouvidora-geral da Defensoria foi conduzida pela Comissão Eleitoral, presidida pela defensora pública Rita Orge, e integrada pelas defensoras públicas Camila Canário (1ª secretária) e Helaine Pimentel (2ª secretária).
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