Evento fez parte da primeira Reunião das Ouvidorias deste ano

Ouvidores das Defensorias Públicas de diversos estados se reuniram no Workshop "Comunicação das Ouvidorias das Defensorias Públicas", como etapa inicial para elaboração do plano de comunicação do Conselho Nacional das Ouvidorias das Defensorias Públicas – CNODP. As comunicólogas Juci Machado e Cleidiana Ramos, apresentaram sugestões para a prática de uma política de comunicação.

A jornalista Juci Machado, que foi assessora de comunicação da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR, expôs desafios e soluções de trabalho na área, apontando solução para a Comunicação como estratégia de gestão em órgãos de defesa de direitos. Cleidiana Ramos, jornalista e professora universitária, falou sobre as variadas ferramentas que as instituições podem usar no ambiente digital para se adaptarem as novas tendências de comunicação na internet.

Para Vima Reis, ouvidora da Defensoria Pública do Estado da Bahia, é necessária uma política de comunicação que aumente o acesso da população a informações sobre questões judiciais. "Entendemos ser preciso ter uma política de comunicação para ampliar o objetivo que é da população acessar mais a questão da justiça, compreender as diferenças das questões que estão postas dentro do sistema de justiça e fundamentalmente se informar sobre o direito de ter direito, que é acessar qualquer instituição do sistema. Obviamente que nós fazemos prioritariamente a partir das Defensorias Públicas, porque nós entendemos que é a primeira porta de acesso à justiça, um lugar onde a população pode no mínimo ter orientações em questões das mais diversas áreas do Direito, das questões mais simples até as questões mais complexas, isso facilita o acesso da população ao sistema de Justiça", disse a ouvidora.

Sobre a elaboração do plano de comunicação do Conselho Nacional das Ouvidorias das Defensorias Públicas, Vilma Reis afirma uma vez estabelecido, o foco será na parceria para a divulgação das campanhas que o CNODP desenvolverá junto à população, especialmente junto a grupos específicos. "Questões como o genocídio da juventude negra, o assassinato de mulheres, a guerra contra as drogas, de comunidades como a LGBT, a quilombola, a pesqueiras e outras, são temas que queremos que se popularize, precisamos de uma sociedade mais consciente e politizada. É importante que esses assuntos povoem as redações dos grandes canais das mídias, como forma de fortalecer a luta pelos direitos humanos e sociais, e o Conselho Nacional de Ouvidorias quer fazer isso." Concluiu a ouvidora da DPE/BA.

A atividade fez parte da programação da primeira reunião anual das Ouvidorias de Defensorias Públicas do país, que aconteceu entre os dias 13 e 14 desse mês, na Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia – ESDEP