COMUNICAÇÃO

Ouvidoria Cidadã da DPE/BA mobiliza órgãos por causa de desabamento de imóvel na Gamboa

09/07/2019 14:34 | Por Leilane Teixeira (Estagiária) com supervisão de Lucas Fernandes DRT/BA 4922

Incidente ocorreu na rua Rua Hamilton Sapucaia. Ouvidoria e Defensoria já traçam estratégias para que os danos sejam reparados

Após relatos de desabamento de um imóvel no bairro da Gamboa, em Salvador, a Ouvidoria Cidadã da Defensoria Pública da Bahia – DPE/BA foi até o local verificar as informações e dar a visibilidade do acontecido aos órgãos competentes para que ações sejam tomadas.

O desabamento ocorreu na rua Hamilton Sapucaia na madrugada desta segunda feira, 8, após fortes chuvas que atingiram a cidade. Com o incidente, serviços básicos como de água e luz foram comprometidos e os moradores temem a situação de risco que enfrentam.

A ouvidora geral, Sirlene Assis, que viu de perto toda situação, já entrou em articulação com a DPE/BA. “A comunidade está em risco de sofrer outro deslizamento de terra, de abalar outras casas. Vamos fazer toda mobilização para que voltem os serviços e se volte a transitar na localidade. Eles precisam se locomover para poder ir trabalhar e estudar. A prefeitura precisa fazer um espaço que possa possibilitar a mobilidade da comunidade e uma contenção da encosta para que outras casas não venham também desabar”.

Segundo Sirlene, a questão da água já está sendo resolvida. Ainda não houve providências quanto ao acesso dos moradores, que ficaram ilhados com o desabamento.

De acordo com a presidente da associação de moradores da Gamboa, Ana Cristina, vizinha do imóvel afetado, a situação é preocupante e a falta de assistência constante na região contribuiu para o acontecimento. “Na hora que o imóvel desabou foi um barulho muito grande, como de demolição, a gente ficou com medo dentro de casa. Por sorte, não havia ninguém no local e não houve morte, mas a situação é precária na região. Lutamos esse tempo todo por infraestrutura, por melhoria habitacional e, principalmente, por regularização fundiária, mas parece que nada é feito. Precisamos que órgãos competentes olhem por nós antes que ocorram mortes”, desabafou.

Sobre o acesso ao local, Ana Cristina esclareceu, ainda, que o desabamento afetou a passagem que permite moradores circularem na região. “A Rua Hamilton Sapucaia não tem acesso, devido a lama que se formou. Quem mora na parte baixo da rua não consegue chegar na parte de cima. Não conseguimos sair de casa. Nó estamos falando de um quarteirão inteiro correndo risco, de uma comunidade prejudicada e sem acesso, estamos ilhados aqui”, completou a moradora.