A defensora pública Bethânia Ferreira ministrou, no último dia 22 de outubro, uma palestra para os 154 internos da Casa do Albergado. A intenção foi aproximar a Defensoria Pública das pessoas privadas de liberdade que estão cumprindo pena em regime aberto no local. De acordo com Bethânia, o atendimento individual aos assistidos já acontece aos sábados, de 15 em 15 dias, "mas era necessário ouvir as solicitações coletivas".

A demora no julgamento dos pedidos dos internos, segundo a defensora, é um problema comum entre os albergados que, muitas vezes, não comparecem aos sábados por precisarem trabalhar. Para o cumprimento da pena em regime aberto, eles devem passar à noite e os finais de semana na Casa do Albergado. "Se eles faltam, o comportamento é classificado como não satisfatório e ficam impedidos de ter acesso à saída temporária e o livramento condicional", explica. A justificação dessas faltas deverá ocorrer em um mutirão de audiências específico a ser agendado pela Defensoria, após visita ao local.

A defensora pública ainda entende que há uma necessidade em aproximar a Defensoria dos internos da Casa. Além da medida, uma caixa de sugestões ficará disponível para que os internos apresentem as demandas de atendimento necessárias. Uma vez por semana, especificamente às sextas-feiras, esse material será recolhido e avaliado pela defensora, que garante um retorno do pedido ao assistido na visita seguinte ao local.