COMUNICAÇÃO
Palestra para defensores(as) recém empossados aponta envolvimento no território como crucial para crescimento institucional da Defensoria
Por videoconferência, palestra de boas vindas ficou por conta da presidenta da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos, Rivana Ricarte
A atuação defensorial em uma sociedade marcada por arranjos cada vez mais complexos foi refletida durante palestra magna realizada na tarde desta segunda-feira, 23, na abertura do curso de formação para a turma de seis novos defensores(as) públicos do Estado da Bahia.
O curso faz parte do processo de apresentação da Instituição aos novos integrantes da carreira. De acordo com o diretor da Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia (Esdep – DEP/BA), Cleriston Macêdo, as próximas semanas serão de formação teórica e prática necessária à atuação cotidiana na DPE/BA.
Pela manhã, a solenidade de abertura do curso contou com a presença do defensor público geral, Rafson Ximenes, a subdefensora interina, Donila Gonzalez de Sá, a corregedora interina, Isabel Neves, do coordenador executivo das Regionais, Walter Nunes Fonseca, da ouvidora adjunta, Zenilda Natividade, e da presidente da Associação das Defensoras e Defensores Públicos da Bahia, Tereza Cristina Almeida.
Realizada por videoconferência, a palestra de boas vindas ficou por conta da defensora pública geral do Estado do Acre e presidenta da Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), Rivana Ricarte.
Abordando o diagnóstico realizado pelo II Mapa das Defensorias Públicas (2021), que estruturou informações sobre presença de Defensorias e defensores(as) em relação às comarcas judicias em todos os estados do país, Ricarte apontou a necessidade de construir um forte vínculo com a população como meio de fortalecimento institucional.
“A população precisa estar consciente dos papeis e missões da Defensoria, confiar na Instituição para defendê-la e demandar junto seu crescimento. Por isso a importância de instrumentos como Ouvidoria e todos os canais de escuta e articulação com diversas entidades e organizações que atuam nas mais variadas pautas que também são objeto de nossa atuação”, discorreu a presidenta da ANADEP.
Rivana Ricarte apontou, nesse sentido, para a necessidade dos defensores(as) estarem autenticamente presentes nas localidades onde irão atuar. “O defensor e a defensora precisam estar no território porque precisam ser reconhecidos pela população do local. Se temos a pretensão de que nossa instituição alcance outros marcos para o nosso desenvolvimento, a gente precisa mostrar que fazemos diferença nos territórios. Por isso cada um deve atuar ciente de grandes responsabilidades”, pontuou.
Destacando que o novo governo eleito para o país carrega a bandeira do resgate das políticas sociais, Rivana Ricarte enfatizou que uma Defensoria atuante precisa avançar para promover as demandas trazidas pela sociedade. Demandas estas que nem sempre estão prontas e acabadas e, portanto, necessitando dos(as) defensores(as) para se estruturem. “A Defensoria é parte da engrenagem de enfrentamento às desigualdades”, observou.
Sobre a atuação estratégica, a defensora pública geral do Acre apontou para a necessidade dos novos empossados, que irão atuar em início de carreira nas comarcas do interior, desenvolvam o diálogo com as coordenações e os núcleos da DPE/BA.
“Trabalhar, enquanto Instituição, de maneira estratégica envolve diálogo com os demais para pensar coletivamente a melhor forma de ação. Quem está atuando no interior, se fazendo presente no território, por outro lado, deve manter contato com os núcleos e coordenações para alcançar este fim”, disse.