COMUNICAÇÃO

Papel do educador social é discutido durante encontro do Grupo de Estudos Acollher

27/10/2016 11:03 | Por Luana Rios DRT/BA 4867 (texto e foto)
Palestrante Marcos Carvalho falou sobre o surgimento do educador social no Brasil e das discussões nacionais acerca da regulamentação da atividade


"O que podemos pensar sobre esse sujeito do processo de trabalho com essas crianças e adolescentes?", questionou o coordenador de arte-educação e formação do projeto Axé, Marcos Carvalho, aos presentes no nono encontro do Grupo de Estudos Acolher, promovido pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA, na tarde desta quarta-feira, 26. Mais de 70 pessoas, entre estudantes, assistentes sociais, psicólogos e conselheiros tutelares, assistiram à palestra e participaram das discussões acerca do "papel do educador social no sistema de garantia de direitos das crianças e dos adolescentes em situação de rua" – tema do encontro que aconteceu no auditório da Escola Superior da DPE, no Canela.

Entre os pontos destacados pelo palestrante estiveram o surgimento do educador social no Brasil e as discussões nacionais acerca da regulamentação da profissão – com dois projetos lei tramitando no Câmara Federal (PL 5346/2009) e no Senado (PLS 328/2015). O principal objetivo desse educador social é trabalhar a mudança na sociedade e, neste sentido, participar de um projeto político. "Nesse momento em que estamos vivendo, de desmoronamento político,da classe política, qualquer que seja o nome que dermos a esse sujeito, esta missão me parece importante a ser assumida por todos nós", refletiu.

Estudante de Letras, Gracivaldo Emanoel opinou contra a normatização da profissão e destacou como a essência do educador social a preocupação do ser humano enquanto humano. "Seria melhor ter a consciência de que todos nós somos educadores sociais seja ele em qual área for: educação, saúde", argumentou.

Para a subcoordenadora da Curadoria da DPE/BA, defensora pública Mônica Aragão, as discussões do Grupo de Estudos Acolher implicam melhoria no atendimento ao cidadão. No caso do Projeto Acolher, são crianças e adolescentes em situação de rua ou em conflito com seus representantes legais ou até mesmo que não têm representantes legais. "Vemos que o público alvo que nós queremos está sendo atendido. Vem conselheiros, educadores, psicólogos… todo esse grupo de equipe interdisciplinar que a Defensoria precisa para seu apoio", declarou.


ACOLHER


O Grupo de Estudos Acolher, do Projeto Acolher da Curadoria Especial da Defensoria Pública da Bahia, visa a discussão de temas relacionados ao atendimento integral prescrito na legislação brasileira às crianças e adolescentes que se encontram em situação de risco. No último encontro, foi discutida a necessidade de fortalecimento da rede de proteção a crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade ocasionada pelo afastamento do convívio familiar e pelo abandono. Os encontros acontecem todas as últimas quartas-feiras de cada mês e é aberto ao público.