COMUNICAÇÃO
Parceria entre a Defensoria e Cidade Mãe se fortalece nos 15 anos da Fundação
A música "Hoje é semente do amanhã", composição de Gonzaguinha, deu o tom das comemorações pelos 15 anos da Fundação Cidade Mãe e pelos cinco anos da Central de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (CMSE), unidade da instituição que busca garantir os preceitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) aos adolescentes em conflito com a Lei. Parceira do projeto desde janeiro de 2010, a Defensoria foi representada pela diretora da Escola Superior da Defensoria Pública (Esdep), Célia Padilha, no evento que aconteceu na tarde de ontem (28), na sede da Fundação.
Exemplo de sucesso na ressocialização destes jovens, a atuação da Defensoria mereceu destaque durante a programação. A defensora pública, Célia Padilha, reafirmou a importância da parceria e avaliou o futuro das ações junto aos adolescentes. De acordo com a defensora, os órgãos públicos precisam estar atentos também ao período pós-cumprimento das medidas, preparando os jovens para que eles desenvolvam novas perspectivas pessoais e profissionais.
Nesse sentido, o depoimento de Maria, mãe de um dos 15 jovens acompanhados pela Fundação e que cumpre medida socioeducativa na Defensoria, ilustra os benefícios que o programa proporciona no senitdo de fortalecer o vínculo do adolescente com a família, a escola e a instituição que o acolhe. Em sua fala durante o evento, ela contou que fez uma grande busca por instituições em que o filho pudesse cumprir a medida determinada, mas encontrou resistência e dificuldades na adaptação do jovem. "Encontrei a oportunidade certa na Cidade Mãe, que encaminhou meu filho para a Defensoria. Ali, percebi o trabalho de profissionais que acreditam que alguém pode mudar. Com carinho e atenção, acolheram meu filho e permitiram que ele se firmasse como estagiário ao mesmo tempo em que termina o cumprimento da medida, agora em julho. Isso se refletiu no comportamento dele e é uma grande vitória para todos nós", comemora.
De acordo com a subgerente da CMSE, Ajurimar Montenegro, apesar do reconhecimento e resultados conquistados pela Cidade Mãe nesses 15 anos de trajetória, o projeto ainda não conta com o número de parceiras suficientes. "A importância e a atuação efetiva da Central só vai ser possível se tivermos parceiros que possibilitem a inclusão social desses jovens, a exemplo da Defensoria Pública. Essa parceria é muito valiosa, na medida em que a instituição absolve essas pessoas para o cumprimento de medidas sócio-educativas de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC)", afirma.