COMUNICAÇÃO
Parceria entre DPE e Unifacs estimula jovens socioeducandos a refletir sobre o futuro profissional
Reflexões sobre projetos de vida e orientação vocacional para jovens que cumprem medidas socioeducativas em Salvador. Foi dessa forma que, durante dois dias, na sexta-feira, 04, e nessa quarta-feira, 09, a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA e a Universidade Salvador – Unifacs semearam a esperança de um futuro melhor na vida de adolescentes que estão internados na Case Salvador, no bairro Tancredo Neves. Os jovens participaram de dinâmicas lúdicas e foram conduzidos a compartilhar seus sonhos pela equipe do Núcleo de Extensão em Projeto de Vida e Orientação Profissional da Unifacs, integrado por estudantes e coordenado pelas professoras do curso de Psicologia da instituição de ensino, Ana Emília Teixeira e Cíntia Pinto Neves.
A subcoordenadora da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da DPE, defensora pública Maria Carmen Novaes, destacou que essas oficinas são um incremento do projeto Aulão do Enem 2015 e servem para ajudar os adolescentes na escolha profissional. "Para a Defensoria Pública, significa prestação integral do atendimento, ultrapassando a esfera da assistência jurídica, além de sedimentar a parceria com Instituições de Ensino Superior, neste caso a UNIFACS, através do Curso de Psicologia, para garantir os direitos destes adolescentes", opinou.
As atividades do primeiro dia foram voltadas para a orientação vocacional, quando os adolescentes participaram de dinâmicas de grupo e compartilharam a que gostariam de se dedicar profissionalmente. Já no segundo dia, os jovens foram estimulados a refletir sobre o futuro. Para a psicóloga e professora do curso na Unifacs, Ana Emília Teixeira, o resultado das atividades foi positivo. "Fazemos uma reflexão sobre o sentido da vida, os sonhos, as habilidades… quem eles são. A partir disso, a proposta é descobrir o que eles podem fazer por meio do contato deles com eles mesmos", explicou ela que foi responsável por supervisionar os sete estudantes na dinâmica. Mariana Lisboa, de 20 anos, foi uma delas. Estudante do 6º semestre de Psicologia, ela saiu esperançosa e com vontade de ajudar muito mais. "Ouvi um deles falando ‘meu futuro', então está tocando, sabe?", contou.
Para o gerente da Case Salvador e psicólogo, João Ferreira, as atividades levadas pela DPE, tanto em parceria com a Unifacs quanto as desenvolvidas para o Enem 2015, potencializam a missão da Fundação da Criança e do Adolescente em garantir o desenvolvimento e a efetiva concretização das políticas públicas para os jovens internados. "Estar privado de liberdade não significa que você não pode pensar", declarou Ferreira.
De acordo com a subcoordenadora da Dedica, Maria Carmem Novaes, a proposta é que o projeto Aulão do Enem seja permanente e se torne uma ação institucional da Defensoria Pública baiana.