COMUNICAÇÃO

Plano Viver sem Drogas alinha Estado e sociedade civil

11/01/2012 23:24 | Por

O Governo da Bahia lançou, hoje (11), em solenidade no Centro de Convenções de Salvador, o Plano Viver sem Drogas, que detalha políticas de prevenção e enfrentamento ao uso de crack e outras drogas. Estruturado em três frentes - prevenção, conscientização e reinserção social - o plano integra o programa Pacto pela Vida, que tem entre os executores a Defensoria Pública do Estado da Bahia.


A defensora geral Célia Padilha compôs a mesa de honra na cerimônia de lançamento, que teve a presença do governador Jaques Wagner e membros do secretariado estadual, além da cantora Margareth Menezes e do padre José Carlos Silva, da Ação Social Arquidiocesana (ASA). "O problema das drogas é profundo e devemos dar as mãos e envolver toda sociedade", destacou o governador, sobre a temática responsável por mais de 50% dos crimes de homicídio no estado.


Também estiveram presentes à cerimônia a coordenadora executiva das Defensorias Públicas Especializadas da Capital Tereza Cristina Ferreira, o coordenador executivo das Defensorias Públicas Regionais Ricardo Carillo e a subcoordenadora da Defensoria Pública Especializada Criminal Rita Orge.


Plano Viver sem Drogas (FONTE: SECOM/BA)


A ação integra o programa Pacto pela Vida e contará com investimentos de R$ 42 milhões. A coordenação do plano, que vai contemplar os municípios com maior índice de crimes violentos, ficará a cargo da Superintendência de Prevenção e Acolhimento aos Usuários de Drogas e Apoio Familiar (Suprad), criada pelo Governo do Estado em maio de 2011 e vinculada à Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH).


Segundo o secretário Almiro Sena, coordenador do programa, o Plano está dividido em quatro eixos. O primeiro é a ampliação da rede do Sistema Único de Saúde (SUS), para enfrentamento ao abuso de crack e outras drogas, com o aporte de recursos do governo estadual, e parceria com a Sesab, no co-financiamento junto aos municípios, no funcionamento dos Centros de Atendimento Psicossoial (CAPs).


O segundo eixo são as comunidades terapêuticas, que também terão os recursos ampliados a fim de aumentar as vagas para atender aos usuários de crack e outras drogas. O terceiro é a integração e qualificação das redes de assistência social, ensino público estadual, segurança pública e justiça, para a prevenção e reinserção social de usuários, com ações nas áreas de Comunicação, Educação, Esporte e Cultura, e em parceria com a sociedade civil, complementar ao SUS e ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS).


Por último, o apoio aos familiares que convivem com esta realidade também é um dos principais objetivos da iniciativa. Para isso, será priorizada a criação de uma rede de atendimento para atuar de forma mais sistematizada no acolhimento, tratamento e reinserção de usuários.