COMUNICAÇÃO
População de Vitória da Conquista procura Defensoria para garantir recebimento de medicamentos
Após o Município de Vitória da Conquista ter suspendido o fornecimento de medicações que não constam na lista de medicamentos básicos do Ministério da Saúde, a 2ª Defensoria Pública Regional, com sede em Vitória da Conquista, foi procurada por mais de 20 pessoas, de acordo com a defensora pública Paula Pereira. Isabel Rosa de Jesus foi uma destas pacientes que reivindicaram o fornecimento dos remédios na Defensoria. Hoje, ela já se encontra com os medicamentos em mãos obtidos por intermédio da instituição.
O corte dos medicamentos aconteceu em fevereiro deste ano sem uma explicação prévia do Município e atingiu muitos pacientes. Em agosto, a prestadora de serviços gerais Isabel Rosa de Jesus buscou os serviços da Defensoria Pública por precisar fazer uso contínuo dos medicamentos Cosopt Colírio e Travatan Colírio para controlar a doença que é acometida – glaucoma. Isabel não tem condições para custear as duas medicações e, por isso, as recebia pela Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo Isabel, o médico que a acompanhou informou que ela tem necessidade de fazer uso diário do colírio. “O médico falou pra mim que se eu ficar um dia sem usar, já prejudica a visão, porque toda a pressão do olho fica alta. Fiquei dois dias sem usar e minha visão apagou. Já vi que eu posso ficar sem comer, mas sem o colírio não posso”, contou a assistida.
Isabel foi atendida pela defensora pública Paula Pereira que ingressou com uma ação de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada em face do Estado e do Município de Vitória da Conquista com o objetivo de que os mesmos fornecessem os medicamentos que a assistida necessita. Em outubro, a liminar em caráter temporário foi deferida em favor de Isabel que já faz uso dos colírios.