COMUNICAÇÃO
População em situação de rua tem ação de Natal em parceria com a Defensoria Pública
Considerando a condição desfavorável por que passa o cidadão em situação de rua seja pela discriminação que o torna invisível aos olhos da sociedade ou por conta das limitações materiais visíveis, em uma ação promovida pelo Movimento População de Rua, em parceria com a Defensoria Pública do Estado da Bahia, entre outras instituições, será realizado o II Natal Cidadão da População de Rua, que vai ocorrer nesta quarta-feira (07), durante todo o dia, na Praça da Piedade, em Salvador.
O evento permitirá às pessoas que vivem em situação de rua acessar serviços que normalmente não são ofertados de modo gratuito ou que não são por eles acessados devido à falta de informação. Dentre os serviços, mapeamento de hipertensão, diabete e outras doenças, vacinações, bate-papo sobre tuberculose, distribuição de preservativos e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e encaminhamento para retirada de documentos e orientações jurídicas.
O objetivo do evento, segundo Maria Lúcia Pereira, líder do Movimento População de Rua, é promover um dia de prestação de serviços em diversas áreas, articulando poder público e sociedade civil, no intuito de oferecer a esses cidadãos oportunidade de se perceberem como sujeitos de direitos, ao mesmo tempo em que oferece também à sociedade novos parâmetros para enxergá-los positivamente.
“As pessoas em situação de rua precisam aumentar sua autoestima. Esse evento tem objetivo de trazer um acolhimento à essa população. Com esses instrumentos e autoestima já é um bom começo para essas pessoas saírem das ruas”, disse a defensora pública Fabiana Almeida. “O II Natal Cidadão pretende incentivar o sentimento de solidariedade do cidadão soteropolitano e trazer a proposta de ações de curto prazo que venham a incentivar ações que tenham maior caráter resolutivo, bem como propiciar ao indivíduo em situação de rua a consciência de sua cidadania”, completou Maria Lúcia.
Para Lúcia, “informações e serviços de saúde e higiene, momentos de lazer, orientação adequada para resolução de dificuldades imediatas, dentre outros, ajudam o cidadão em situação de rua a acreditar que dias melhores podem acontecer e a se descobrirem como sujeitos de direitos na sociedade, não como algo descartável, sem valor”, disse ela ao acrescentar que “o projeto em questão se justifica por procurar desenvolver um sentimento de solidariedade através de ações concretas, onde as pessoas se reconheçam como seres humanos que precisam se ajudar para viver em paz consigo e com o outro”, disse.