COMUNICAÇÃO
Prevenção de Acidentes com Produtos Infantis é tema de roda de conversa na Defensoria Pública da Bahia
A Instituição já emitiu nota técnica em apoio a Projeto de Lei da Câmara que visa aumentar a segurança em piscinas
Nada mais natural do que uma criança que mexe em tudo, afinal explorar o ambiente à sua volta faz parte do desenvolvimento. Porém, é preciso que pais e responsáveis estejam atentos para que isso não se torne uma tragédia. Todos os anos são registrados inúmeros casos de ingestão, por parte das crianças, de produtos de utilização doméstica, medicamentos, combustíveis líquidos e solventes, preparações fortemente ácidas ou alcalinas e produtos utilizados em jardinagem. Com o objetivo de fomentar o debate já que muitos desses acidentes poderiam ser evitados com medidas simples de segurança a Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA promoveu nesta segunda-feira, 29, a roda de conversa Prevenção de Acidentes com Produtos Infantis.
“A ação mais uma vez reforça a importância da prevenção de acidentes de consumo envolvendo criança. A Defensoria Pública da Bahia vem assumindo um papel importante na conscientização das pessoas em relação a esse tema, principalmente, por meio dessa roda de conversa e distribuição de material informativo. Também emitimos uma nota técnica sobre o uso da tampa antiaprisionamento em piscinas. Há um número de óbitos relevantes em decorrência disso e acreditamos que com a utilização do equipamento evitaremos essas ocorrências”, explicou o subcoordenador da Especializada Cível e de Fazenda Pública, Gil Braga. A subcoordenadora da Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Gisele Aguiar, também participou do evento.
Na ocasião, o professor da Universidade Federal da Bahia – UFBA, Adonias Magdiel Silva Ferreira, apresentou a Rede de Consumo Seguro – RCSS-BA. O espaço de atuação conjunta de órgãos públicos, das três esferas governamentais, que atuam na proteção e defesa do consumidor, funciona como centro elaboração e investigação científica sobre a temática. Trata-se de uma articulação interinstitucional com o objetivo de promover o compartilhamento de informações referentes ao consumo seguro e a saúde, de modo a criar as bases de um sistema unificado, relacionado ao tema, na Bahia, além de estimular a disseminação da Educação para o Consumo Seguro, fortemente influenciado pela cultura da prevenção.
“Por que as nossas crianças são tão vulneráveis? É inerente da criança ser curiosa, explorar os ambientes, querer pegar o que não pode. Hoje estava no meu consultório com um bebê de nove meses e embora ele tivesse vários brinquedos queria pegar caneta, na lixeira, no peso de papel. A criança não tem um limite porque não tem a consciência do que pode e do que não pode pegar e isso faz parte da sua própria característica”, disse a representante do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU, Edazima Ferrari. Ainda de acordo com ela, a ideia de prevenção de acidentes tem que passar pelo entendimento que não é apenas uma fatalidade e que acidente é algo que pode ser evitado daí a necessidade de estar vigilante e atento durante todo o tempo.
Diretor-geral do Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade – IBAMETRO, Randerson Leal chamou a atenção de pontos importantes para serem verificados na hora das compras: “O selo do Inmetro é obrigatório em qualquer brinquedo e ele só é concedido se o brinquedo for aprovado em todos os ensaios aos quais for submetido. Fiquem atentos também para a faixa etária adequada à criança e o manual de instruções tem que estar em língua portuguesa”. A mediação da roda de conversa ficou a cargo do diretor da Coordenadoria de Proteção e Defesa do Consumidor – Codecon, Alexandre Lopes.